sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Policiais federais reivindicam reconhecimento na ALE


Audiência pública foi uma solicitação do deputado Ronaldo Medeiros
 
Olívia de Cássia – Ascom

Numa audiência pública realizada na Assembleia Legislativa na manhã desta sexta-feira, 21, para discutir o papel da Polícia Federal na proteção à sociedade, os policiais federais alagoanos, em greve há 45 dias, reclamaram da falta de reconhecimento pelo governo federal das funções de papiloscopistas, agentes e escrivães dentro da categoria que, segundo eles, está discriminada na PF.

A sessão pública foi de autoria do deputado Ronaldo Medeiros (PT) atendendo uma solicitação do Sindicato dos Policiais Federais (Sinfopal). Em seu pronunciamento na tribuna da Casa de Tavares Bastos, Medeiros disse que a audiência pública vai elaborar um documento, fruto do que foi discutido na ALE, que será remetido ao governo federal solicitando o diálogo com a categoria.

“Apresentei o requerimento sensível às reivindicações da categoria e por reconhecer o papel fundamental que representa na sociedade. Estou solidário com os policiais federais, que colocam a vida em risco todos os dias. Vamos encaminhar um documento ao governo federal solicitando que a PF seja reconhecida. A categoria tem um trabalho sério e reivindica a sua reestruturação”, disse Medeiros.

O presidente do Sinfopal, Tomé Cavalcante, observou que o crime organizado nunca esteve tão à vontade no país. “É alarmante a sensação de insegurança e impotência dos cidadãos de bem. Viramos prisioneiros da violência. Juízes são assassinados, promotores são ameaçados, inúmeros policiais são executados friamente. A sensação de impunidade aumenta cada vez mais, e a vida não tem mais valor”, disse ele.

Em greve desde o dia 7 de agosto, segundo Tomé, há oito anos os policiais federais tiveram os salários reduzidos pela metade. “O Policial Federal possui risco de morte inerente à função, estresse relacionado à violência e as suas atividades, jornadas de trabalho irregulares, acionamentos a toda hora, e dentro do órgão não existe uma real política de valorização”, denunciou.

Jorge Venerando, ex-presidente do Sinfopal, disse que a categoria não quer reajuste e sim que o governo reconheça o cumprimento de uma lei  e que resgate a autoestima da categoria que, segundo avalia,  está baixa. 

“O governo precisa reconhecer os agentes, escrivães e papiloscopistas porque a categoria já chegou ao seu limite de paciência.  A luta não é por aumento salarial, é pela regulamentação dos cargos. Não vamos aceitar o reajuste sem o reconhecimento das nossas atribuições, nem que o governo ofereça 100%”, disse Venerando.

Participaram da sessão os deputados Ronaldo Medeiros e Judson Cabral (do PT), Tomé Cavalcante (presidente do Sinpofal), Isnaldo Medeiros,  Jorge Venerando e Waldir de Sá Leite, ex-presidentes da entidade, além de policiais federais e pessoas da sociedade civil.  

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