domingo, 30 de setembro de 2012

A cortina vai se fechando...

Olívia de Cássia – jornalista

Tarde nublada essa de domingo, 30 de setembro. O mês já vai findando e hoje é daqueles dias morgados, que não dá vontade de a gente sair para nada. Dia sem luz e sem muita alegria. Com um tempo assim, fechado e abafado, as lembranças são mais fortes, densas e profundas.

Não quero pensar em coisas tristes mais não, não quero mais negatividade dentro de mim.  Já basta a minha rotina diária com notícias de tanta coisa ruim na sociedade. Apesar de tudo, eu quero pensar na possibilidade de um mundo melhor, de uma sociedade mais justa e mais fraterna daqui por diante.

Quero ser feliz, independente de tudo. Luto por isso; vejo na gentileza e nos bons fluidos, no poder do pensamento positivo, na amizade e na alegria o caminho para a gente ser feliz. É um começo.

Já recebi críticas diversas de um amigo por esse meu pensamento positivo, mas não me importo com isso. As críticas são bem-vindas e servem para a gente construir pilares para nosso fortalecimento. Persigo a felicidade nesse meu restinho de vida.

Não quero me enganar criando falsas expectativas, situações que possam não se concretizar e gerar grandes conflitos interiores. Não faço mais isso, não crio falsas esperanças para mim. Os anos me ensinaram a não sofrer por antecipação. ‘O que tiver que acontecer, acontecerá e ponto’.

Tenho boa fé e apesar de tudo ainda acredito na vida. Não nego que não me conformo com o envelhecimento do corpo.  Às vezes eu queria que o tempo pudesse voltar para a minha mocidade, quando eu tinha rigidez e firmeza nas carnes, mais disposição e vitalidade.

Ou então, desejo que o tempo pudesse congelar certos momentos bons que a gente vive. São pensamentos que me vêm à cabeça agora, nessa tarde que já vai caindo, anunciando uma nova semana de trabalho pela frente.

 A cortina vai se fechando aos poucos, nessa peça de teatro que é a vida da gente.  Um espetáculo que não tem ensaios e em que os atores, que somos nós, vão desempenhando cada um o seu papel, nem sempre de protagonistas.

Muitos cumprem o seu papel e o desempenham com acerto, outros nem tanto. Faz parte.  Não quero a perfeição, quero a felicidade, tenho desejos e vontades ainda, meu corpo está vivo e pulsante, mas para a gente ser feliz existem obstáculos, renúncias e uma infinidade de itens que fazem a diferença lá na frente.

Existem proibições internas que nos fazem pensar e pensar e pensar. Mas eu quero ser feliz, não quero terminar meus dias reclamando de não ter tentado. Boa tarde e uma boa semana para todos. Fiquem com Deus!

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