(Foto de Olívia de Cássia)
Objetivo foi fazer um levantamento da documentação de cada um para entrar na Justiça e a categoria ter seus direitos garantidos
Olívia de Cássia – Ascom
Numa reunião acontecida no auditório térreo da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, 27, cerca de 100 prestadores de serviço da Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) se reuniram com o deputado Ronaldo Medeiros (PT) e os advogados Humberto Melo e Mirabel Alves, para encontrarem uma solução sobre a decisão do Governo do Estado de afastá-los de seus postos de trabalho, depois de Processo Seletivo de títulos acontecido na instituição.
Os prestadores de serviço estão reivindicando a manutenção de postos de trabalho e foram pedir aos parlamentares que intervenham na situação. Dona Maria Benedita Barbosa dos Santos é prestadora de serviço da entidade e disse que no total são 283 servidores nessa situação. “São pis e mães de famílias ameaçados”, disse ela.
Segundo dona Benedita, houve um Processo Seletivo de títulos na Uncisal onde passaram 100 pessoas e as demais não tinham condições de fazer a seleção por conta da escolaridade baixa. Eles serão substituídos pelos aprovados no Processo e de acordo com a servidora, o procedimento foi uma orientação do Ministério Público (MPE).
“São pessoas de nível fundamental ou menos que ocupam cargos como: auxiliar administrativo, copeiras, cozinheiros, maqueiros, serviços gerais, limpeza, técnico em radiologia, que têm muito tempo de serviço e estão reivindicando seus direitos; o Processo não foi um concurso e está errado, nunca chamaram ninguém para qualificar na Uncisal”, disse Maria Benedita.
Maria Célia da Silva tem 40 anos no HDT (Hospital de Doenças Tropicais) e disse que foi afastada sem nenhum direito. “Dediquei minha vida lá, passei na seleção e não me chamaram”, disse ela.
O deputado Ronaldo Medeiros (PT) explicou que o Governo do Estado está apontando uma solução para aproveitar os afastados em outros locais. “Nosso departamento jurídico vai estudar o caso de cada um para ver se encontra uma medida jurídica”, disse ele, aconselhando que cada pessoa afastada procure ver o extrato do INSS para confirmar se está tudo de acordo com a legislação.
“Nossa assessoria vai abrir uma pasta para cada um e vamos fazer um levantamento sobre a escolaridade deles. Esse mês eles têm salário, mas os demais não estão garantidos. Vamos entregar a documentação de todos no Palácio, na próxima quarta-feira, com todo o levantamento feito”, explicou o deputado.
Segundo Medeiros, o Estado não fez concurso, fez uma seleção precária para títulos, para contrato de prestador de serviço por um ano. “O que estão fazendo é trocar terceirizado por pessoas na mesma situação. Sou a favor do concurso; se fosse isso estaríamos de acordo, mas o processo está irregular”, disse ele, acrescentando que falta visão humana ao governo do Estado. “Se tivesse, já teria feito alguma coisa. O Estado vai trocar um erro por outro”.
No final da manhã da quarta-feira, 26, o deputado Ronaldo Medeiros participou de uma reunião com o chefe do Gabinete Civil, Dr. Álvaro Machado, quando discutiu a questão.
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