O fim de semana já começa com notícias de assassinatos
cruéis contra a mulher no Estado. De um lado um ex-marido, em São Miguel dos
Campos, que matou a ex com requintes de
crueldade e ainda a mutilou; do outro, jovens desaparecidas, assassinadas, cujos
suspeitos são companheiros, maridos ou ex-namorados.
A polícia ainda não achou o corpo da jovem Bárbara,
desaparecida há duas semanas e segundo um amigo de seu assassino, foi morta
porque não quis manter relações sexuais com o tarado, e teria sido morta por
esse motivo, depois que foi vista saindo de uma boate, em Maceió.
Apesar de ter sido criada uma legislação rigorosa como a Lei Maria da Penha, bem como instrumentos
necessários para fazê-la ser cumprida, a violência contra a mulher, apesar de
não ter significativamente aumentado, conforme demonstram dados da nova edição
do Mapa da Violência, de modo nenhum diminuiu.
Em Alagoas a violência ainda é assustadora, apesar da
diminuição do número de casos, segundo o que foi divulgado na imprensa, mas no
que diz respeito às mulheres ela também não
diminuiu, mas não é de hoje que
isso acontece.
Por que se matam tantas mulheres no País? Os motivos são os mais
banais. Na maioria das vezes são homens
inconformados com o fim dos relacionamentos. Outras se envolvem com
companheiros enrolados com dívidas do tráfico de drogas e terminam pagando por
uma culpa que não tiveram.
Toda semana o noticiário tem informações de assassinatos e
maus-tratos contra mulheres. Assassinatos brutais e espancamentos. É necessário
que se dê um basta a isso. Alguma coisa está errada e precisa ser avaliada,
para que sejam tomadas algumas providências.
Eu ainda acho que isso acontece com frequência pela falta de
educação, de políticas públicas na área social, de investimentos em esporte,
lazer e cultura nas comunidades, mas
também o ser humano está embrutecido
pela violência, crueldade, desafeto e
pela falta de amor no coração.
Também houve uma inversão dos valores na sociedade e a falta da família constituída devem,
sim, serem observados como reais
motivos. Não sou especialista no assunto, mas pelo pouco que presencio e os
anos calejados já dão para ter uma ideia do problema.
O que a gente vê hoje em dia, sem querer ser moralista, são
meninas que engravidam na infância ainda, não brincam mais de boneca e logo
quando se iniciam nos namoros já se têm relações sexuais, sem ter a certeza de
sentimento algum.
A sociedade de consumo, a sexualização midiática da sociedade
também têm contribuído para que as crianças se tornem adultas muito cedo. Nesse
contexto avalio que houve uma morte prematura da infância. As crianças hoje em
dia mal aprendem a falar e já estão imitando personagens televisivas.
Eu avalio que é aí onde entraria o papel da família, na
orientação e na educação. Apesar de as crianças hoje já terem contato muito
cedo com internet e todas as formas novas de tecnologias, cabe aos pais manterem
uma orientação adequada para que não se envolvam tão cedo com a vida de
adultos.
Não sei se estou sendo muito conservadora na minha
avaliação, mas entendo que, além do papel do governo em desenvolver as chamadas
políticas públicas para a diminuição da violência, como investimento em
educação, cultura e área de lazer nas
comunidade, é papel da família dar o aprendizado do que sejam os valores que
formam o cidadão consciente de seus direitos e deveres. Boa madrugada para
todos e um bom domingo.
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