Foto de Nathalya Cerqueira
Olívia de Cássia – jornalista
Em pleno século XXI as mulheres ainda se deparam com preconceitos arcaicos e atos de violência contra sua individualidade, que ao invés de terem sido dizimados da sociedade atual são vistos ainda com frequência por aí. Uma pena isso.
Esse estranhamento ainda é fruto da falta de amadurecimento e da incompreensão de alguns homens que não acompanharam a evolução do movimento feminino, não evoluíram e não têm preparação para esse enfrentamento: desconhecem o verdadeiro valor de uma mulher.
O movimento feminino da minha geração e outras mulheres que nos antecederam fizeram a revolução sexual. Elas foram para as ruas exigir igualdade de gênero, participação igual no mercado de trabalho, lutaram pela democracia, pela liberdade sexual e exigiram respeito.
Tudo o que conseguimos na sociedade e na lei não foi nos dado gratuitamente: foi fruto de muito sacrifício. Essas valorosas mulheres lutaram pelo direito à igualdade e pela liberdade de expressão e não se intimidaram contra a opressão que nos era imposta.
Fomos às ruas numa época em que tudo nos era proibido, tempos de ditadura; comemoramos os avanços conseguidos na Constituição Cidadã de 1988 e ampliamos a nossa participação nos cargos de comando na sociedade.
Uma mulher independente assusta alguns homens, é verdade, mas assusta àqueles que não conseguem acompanhar o caminho que trilhamos para nós. Um caminho sem volta. Temos e tivemos que aprender sozinhas a andar com nossos próprios pés e a preservar a liberdade conquistada.
Isso é muito difícil nos dias de hoje ainda. A gente foi criada com muitos ranços e tabus e ainda tem que lutar contra todos os preconceitos ainda existentes na sociedade, até para nossa superação pessoal.
Muitas mulheres jovens de hoje nem imaginam o quanto foi difícil tudo isso para nós, toda essa liberdade que elas desfrutam hoje em dia. Sempre lutei pela minha independência e liberdade, mas confesso que isso não é uma tarefa fácil.
Ainda tenho muita dificuldade e limitações em algumas questões mas procuro evoluir com o tempo e me atualizo constantemente sobre tudo o que me rodeia.
Tenho a compreensão de que o grande desafio das mulheres da atualidade seja lutar por salários iguais para funções iguais com os homens, vencer e lutar contra a violência e tentar ser feliz, independente de classe social e posição que ocupa na sociedade.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
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