quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os alertas do corpo

Olívia de Cássia - jornalista

A gente não quer acreditar nos alertas que o corpo da gente dá. Fico inquieta, dispersa, angustiada e nervosa quando algo está para acontecer ou já aconteceu algum fato não muito positivo. Já tive comprovações disso várias vezes. É como um sexto sentido mesmo.

É impressionante como isso acontece com frequência comigo e às vezes a gente não dá a importância devida ou não sabe como agir. O estado de alerta, o torpor. Não deu outra coisa hoje: acordei com dores fortes no pescoço como se tivesse dormido de mau jeito.

Os ombros sentindo um peso de uma tonelada igual a quando estamos em ambientes carregados de negatividade. Tem alguns dias que venho me sentindo assim. Um peso, uma angústia e opressão no peito, vontade de sair por aí sem rumo.

Não posso dizer que eu tenha alguma sensibilidade, mas a minha intuição sempre me anuncia que devo me preparar para o pior ou para mais dificuldades. Nessas horas fico muito pesada; as mãos e os pés com sudorese, gelados. O estresse e a adrenalina parece que duplicam e nessas horas eu me sinto fora de mim, sem chão.

Os acontecimentos diários, alguns deles nos tiram do sério. É preciso serenidade para enfrentar tudo isso. É preciso muito discernimento, muita frieza e cabeça centrada, ser otimista diante dos problemas para não toná-los bem piores. É o que estou tentando fazer.

Por um momento pensei em como iria reagir para enfrentar mais esse entrave na minha vida. A gente quer abrir um buraco no chão e colocar a cabeça, feito avestruz, mas é melhor respirar fundo, mais uma vez, contar até dez e enfrentar o leão de frente. Com coragem ou não.

Não adianta fugir disso, por mais que eu queria escapar não tenho com fugir. Estou aqui. Boa tarde.

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