Olívia de Cássia – jornalista
Tenho sono; uma sonolência modorrenta e preguiçosa que
sempre me acomete depois do almoço. Tirar uma sesta nessas horas é fundamental,
para o reparo devido do sono, senão a gente passa o resto do dia sonolento e
sem muito ânimo para a lida.
Hoje tem show de Andrea Morais na Festa da Padroeira, em
União dos Palmares. Uma pena que eu só posso ir agora no sábado. Fico daqui só
na torcida, imaginando meus conterrâneos e visitantes, em União dos Palmares, se
divertindo na Praça Basiliano Sarmento, se confraternizando e encontrando os
amigos e conhecidos. Muito bom.
O trânsito da capital alagoana está insuportável; a gente
passa grande parte do tempo nos transportes lotados e dá graças a Deus quando
consegue um cantinho para sentar. Um desordenamento confuso, com motoqueiros se
arriscando no meio dos carros, imprudentemente.
Meus espirros voltaram: falta da danada da Coristina D. O
medicamento não é muito baratinho: um envelope com quatro comprimidos custa
cinco reais e preciso tomar de dois a três por dia, para que cessem os espirros
e o nariz não fique irritado.
Ontem eu dormi no coletivo e quando dei por mim, o ônibus já
tinha passado dois pontos distante do que eu ia descer; tive que chegar à
Tribuna Independente andando, por falta de grana para pegar outro de volta.
Hoje avisei ao motorista e à cobradora o meu local de descida, para não
acontecer o mesmo caso.
No Jacintinho, a feira livre é uma desarrumação, uma
fedentina insuportável e é uma total confusão do trânsito na Cleto Campelo. No
lugar que vende peixe parece que não viu água e sabão há muito tempo.
O bairro é tão movimentado, que parece uma cidade grande do
interior, dentro da capital alagoana. Deve dar muito trabalho administrar tudo
isso, é preciso muito controle e organização. O ônibus segue adiante e já
estamos quase chegando ao Barro Duro.
Todo esse introito aí de cima foi para dizer que ainda me
sinto confusa diante de alguns acontecimentos corriqueiros que tenho
presenciado. Às vezes dá um nó na mente da gente, é difícil conviver com o ser
humano.
A vida não perdoa se deixamos passar a oportunidade e eu já
deixei passar muitas nesse meu caminhar
atrapalhado. É como diz aquele dito popular: “Uma palavra dita, uma flecha
atirada e uma oportunidade desperdiçada não voltam”.
Percebo que minha memória, graças a Deus, ainda está muito
viva e latente. Consigo até lembrar a roupa que vesti ano passado no último dia
da festa da padroeira.
Lembro também de outras passagens da minha vida e isso me alegra e me permite
ter esperanças de que pelo menos minha mente ainda vá funcionar a contento por
um longo período, embora o meu caminhar
esteja cada dia mais incerto e confuso. Boa tarde!
Nenhum comentário:
Postar um comentário