Olívia de Cássia – jornalista
Só tenho a lamentar o que está acontecendo na minha querida União dos Palmares, Terra de Zumbi, de Jorge de Lima, de Maria Mariá, Povina Cavalcante e tantos outros personagens que engradeceram e engrandecem sua história.
Desde a campanha eleitoral que o clima na cidade entre os simpatizantes das candidaturas não é de tranquilidade, mas com o resultado das urnas e a vitória consagrada do médico Beto Baía (PSD), algumas pessoas ainda não caíram na realidade e tentam deturpar o processo, se utilizado dos microfones de uma das rádios do local para destratar pessoas, incluindo o prefeito.
Difícil conviver em uma sociedade onde não se respeite e nem se conheça o verdadeiro significado de uma democracia. Terminadas as eleições e assumindo os novos eleitos, nem assim essas pessoas, que tiveram seus candidatos derrotados, conseguem tocar suas vidas e deixar de lado o ódio, o rancor, a mesquinharia a inveja e todo sentimento de negatividade que possa surgir.
A Terra da Liberdade precisa trilhar o caminho do desenvolvimento, em todos os sentidos. É chegada a hora de se desarmar os palanques e de cada um viver a sua vida, seja de que maneira for, deixar de semear discórdias, picuinhas e baixarias nos microfones das rádios, isso não é bom para a saúde de ninguém.
O rádio e os meios de comunicação não foram criados para isso, é um dos mais importantes meios de comunicação. É de bom alvitre que a população saiba separar o joio do trigo e que mude de estação, para não dar ibope a esse tipo de comportamento feio e atrasado.
Dependendo do que tenha sido dito, aconselho os que se sentirem agredidos a entrarem com uma representação no Sindicato dos Radialistas, na Comissão de Ética, ou na Justiça Comum exigindo reparação e direito de resposta como assegura a Constituição Cidadã de 1988.
Infelizmente, muitas pessoas não sabem dividir a questão política da questão pessoal. Tenho amigos valorosos que votaram tanto em Mano quanto em Beto e nunca me deixei levar pelo canto da sereia que é a política, sendo invasiva ou destruindo amizades.
O que as pessoas precisam entender é que a política passa, ela é dinâmica; os que são adversários hoje, amanhã podem se tornar correligionários e o povo tem que entender isso, faz parte do jogo.
Quem se aventura no mundo da política sabe disso: quando o assunto é poder, “ou monta-se no cavalo arriado, ou é atropelado por ele”, segundo o jornalista Marcos Cipriano, na Tribuna do Planalto.
Para se comprovar isso, basta rememorar as alianças feitas nos partidos: de direita, de centro, de esquerda, nas últimas eleições em todo o País. Ganha quem consegue conquistar o eleitorado, quem tem maior poder de barganha e de fazer alianças. É só estudar um pouquinho a história política do Brasil.
Palmarinos, vamos fazer jus ao título de Terra da Liberdade, vamos respeitar a democracia. E viva Zumbi!
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