Em União, posto de saúde entregue às pressas não pode funcionar

Por João Paulo Farias – Texto e Fotos - O Relâmpago

Inaugurada no último dia 28 de dezembro, a Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Alto do Cruzeiro, não tem as mínimas condições de funcionar. A obra foi uma das últimas entregues à população, na gestão do ex-prefeito, Areski Freitas (PTB), e ficará por mais de um mês sem poder abrir as portas.

Segundo a diretora do posto, Alana Vergetti, que acaba de assumir o cargo, por fora o prédio parece bonito, mas, por dentro da unidade de saúde há falhas de uma obra entregue de qualquer jeito à comunidade, para sair bem na foto.

A reportagem visitou o posto e pode constar a informação. Na sala de enfermagem não há banheiro; na sala do médico, ou fica a maca ou a mesa, pois não cabem os dois. Um aparelho de ar-condicionado é dividido para duas salas e a tubulação do aparelho cai dentro de uma das salas que recebe a refrigeração.

“Isso é a metade dos problemas: toda a instalação elétrica do Posto está comprometida, nem mesmo uma tomada para ligar o computador da unidade foi deixada. A tubulação do ar-condicionado da sala do dentista, cai na copa; o banheiro para deficientes não é adaptado, a mesa de citologia não tem o banquinho para a enfermeira fazer o procedimento”, diz a diretora.

Sala do médico é muita pequena

A reportagem também constatou que além desses problemas encontrados, todas as portas apresentam falhas nas fechaduras; a porta da sala do médico caiu, e as outras estão ameaçadas. Segundo informações, todo o posto foi feito com material de péssima qualidade. Na farmácia o armazenamento dos remédios está incorreto, além do enorme calor que faz no local.

Essa é uma parte dos problemas encontrados pelo prefeito Beto Baía (PSD), em sua primeira semana à frente da Prefeitura de União dos Palmares. “A precariedade do Programa de Saúde da Família (PSF) deixará centenas de moradores sem atendimento por cerca de um mês, enquanto não forem consertados os problemas, que será apresentado à Secretaria Municipal de Saúde”, informou a diretora do Posto, Alana Vergetti.

Alana lamenta a situação e diz que o Posto não tem condições de abrir. Ela informou que será feito um cadastro dos moradores do bairro. “A comunidade vai nos perdoar, vamos começar a trabalhar com a nossa equipe de agentes de saúde, a médica e a auxiliar de enfermagem e enfermeira, apenas nas residências, para atender as prioridades”, disse.