sábado, 26 de janeiro de 2013

Fazia tempo

Olívia de Cássia – jornalista

Fazia tempo que eu não me sentia assim, perdida em pensamentos, amolecida,  sem coragem para fazer minhas tarefas, por conta do meu problema neurológico.  

Já tenho a certeza que qualquer ação ou palavra, por pequena que seja que não traga energia positiva, me afeta o caminhar. Mas não me deixo abater, tenho reagido a tudo isso.

Dá uma ‘alegria’ nas pernas, elas enrijecem, travam atrapalham o meu desempenho. Desde a quarta-feira, naquele episódio do ônibus, que esses sintomas voltaram a incomodar.

 Preciso de um tempo para mim, de qualidade de vida. Faz muitos anos que não tiro férias, séculos que não sei o que é uma viagem.

Mas como conquistar isso diante de tanta dificuldade e complicações financeiras? Não tenho quem defina nada por mim, tenho que me virar sozinha. Eu tenho que encontrar um novo caminho, uma nova direção de vida. Mais uma atividade que me proporcione um pouco de conforto dentro da minha área de atuação.

Nessas horas de aperto, as minhas lembranças se voltam para minha terra natal, minha União dos Palmares, onde procuro o amparo de antes, o conforto e a segurança da minha casa, que meus velhos me davam. Olho em volta e eles não estão mais ali. Dá saudade.

Sei das minhas poucas qualidades e dos muitos defeitos que tenho, mas me apego na certeza  de que tenho que melhorar ainda mais, a cada dia que amanhece. Apesar de tudo eu tenho que comemorar e agradecer por cada minuto da vida.

A gente não é nada na vida quando perde o esteio do lar. Nada é mais sagrado do que isso. Não tenho com quem dividir minhas aflições, essa densidade, esse aperto que me chega nessa tarde de sexta-feira, 25 de janeiro. É verão, a tarde já vai alta. O ônibus já vai chegando no meu local de parada. Viva Santa Maria Madalena!

3 comentários:

José disse...

Amiga Olívia, bom dia.
Infelizmene não poderei estar presente na festa de Santa Maria Madalena. Sairei de Porto Alegre dia 5.2 para Salvador e 14.2 para Maceió, e lá irei até União matar as saudades do meu irmão Edmilson e talvéz Arapiraca visitar minha irmã Rejane a qual perdeu um filho recentemente.
Gostaria que tu fizesse um comentário detalhado de como está acontecendo os festejos da padroeira: participantes, visitantes, novidades etc. Um abraço.

José disse...

Olívia, seja forte! Atualmente tenho 10 irmãos, 3 mulheres, eram 12, 2 faleceram, todos já passaram dos 60 anos. Minha irmã mais velha, 84 anos, já levou 1 tiro na barriga por um assaltante, foi atropelada na rua do comércio, nunca casou, namorou bastante mas nenhum deu certo, adora comer e beber um vinho, mora aozinha mas nos finais de semana juntá-se com a outra minha irmã Miriam, viúva, e estão maravilhosamente vivendo tranquilas com seus salários de aposentada e pensionista.
Você tem bastante amigos(as) - VIVA A VIDA!!! Beijo.

José disse...

Não entendí o cancelamento!

Aqui dentro tudo é igual

  Olívia de Cássia Cerqueira   Aqui dentro está tudo igual. Lá fora os bem-te-vis e outros pássaros que não sei identificar, fazem a fes...