terça-feira, 29 de maio de 2012

Sessão da ALE repercute morte de médico e deputados criticam segurança pública do Estado

Fotos de Olívia de Cássia-29-05-2012
Olívia de Cássia – Repórter

Na sessão de hoje, 29, da Assembleia Legislativa, a violência no Estado e a falta de segurança foram temas de debates entre os deputados. O primeiro parlamentar a se pronunciar sobre o tema foi o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB), que recentemente teve o filho vítima de um atentado à bala em sua propriedade, em Limoeiro de Anadia.

Albuquerque apresentou voto de pesar pela morte do médico José Alfredo Vasco Tenório, de 67 anos, morto no último sábado, 26, no passeio Vera Arruda, na Jatiúca e se solidarizou com a família de José Alfredo.

Ele disse que apresentou o requerimento porque entende o desespero da família e dos amigos e explicou que é para demostrar “o nosso respeito e solidariedade e mostrar à sociedade que a Assembléia não tem prazer e nem culpa da insegurança instalada em Alagoas”, argumentou AA.

O deputado do PTdoB disse ainda em sua argumentação que “chegou a hora de elevarmos o nosso tom de cobrança e exigir, portanto, uma mudança de rumo. Estou solidário à dor da família e respeito o desabafo dos familiares”, colocou.

Albuquerque lembrou também do atentado sofrido por seu filho Nivaldo Neto. “Temos que dar um basta ao sentimento de pirotecnia que cerca a segurança pública no Estado. Meu filho mais velho está vivo graças ao Espírito Santo de Deus. O equacionamento da violência precisa, urgentemente, ser encontrado. Ações políticas com esse objetivo precisam ser discutidas e colocá-las em prática o mais breve possível”, ressaltou.

Já o deputado João Beltrão (PRTB), também comentar os altos índices de violência no Estado. “O secretário Dário César é um homem disposto. Sabemos, é verdade, que o governador é um homem de muita paciência, mas é importante destacar que a sociedade já perdeu a sua faz muito tempo. Precisamos de medidas urgentes. Assistimos infelizmente a polícia parada”, disse Beltrão.

O deputado Dudu Hollanda (PSD) endossou as críticas e cobrou o reforço do policiamento nos limites dos municípios. Em aparte, o deputado Marcelo Victor (PTB) disse que a segurança pública de Alagoas “vem mal há muito tempo” e qualquer discussão sobre esse tempo é apenas retórica.

ESTATÍSTICAS

Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (PT), baseado em dados estatísticos, observou que a violência diminuiu em todas as capitais brasileiras, enquanto que em Maceió aumentou significativamente. "Se se tratasse de uma empresa, a segurança pública estava falida", afirmou o deputado.

Medeiros observou que o caso do médico serviu para mobilizar a classe média alagoana - principalmente nas redes sociais, onde se formou um grupo com mais de 30 mil pessoas protestando contra a violência - que até então estava inerte à situação.

Segundo a avaliação do deputado, é preciso mudar todo o grupo responsável pela segurança pública e cabe ao governador, que comanda este grupo, encaminhar à ALE projetos eficazes para o controle da violência e adotar medidas urgentes para acabar com esta onda de medo que vive a população alagoana.

REAJUSTE

Em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira, depois de ser lido pareceres das Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), e a de Finanças da Casa, os deputados aprovaram os subsídios do governador Teotonio Vilela (PSDB), do vice, José Thomaz Nonô (DEM), secretários de Estado e servidores da administração direta e indireta no percentual de 6,5% IPCA de 2011, igual ao percentual aprovado para as demais categorias no Estado.

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