terça-feira, 8 de maio de 2012

Dúvidas infinitas

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Mesmo que meu corpo esteja bem e minha alma tranquila, centrada no foco do meu trabalho, sempre existirão dúvidas nesse instante de saudades. Certeza eu tenho de que não fui tão querida o quanto queria.

Desconfio que eu servi apenas para algum propósito em tua vida, isso eu sei. Depois disso, de atender aos teus apelos inquietos, fui descartada como se faz com um objeto já sem uso. Não sou objeto, nesse mundo abjeto de quereres fúteis, dessa falta de apego que o mundo moderno tem.

Quanto te chamei nas noites insones e tristes querendo te abraçar, senti o vazio de não ser o teu maior motivo. Nos meus devaneios tolos me indaguei: por que você não volta? E se voltares, começaremos tudo do nada? Mas eu sei que não sou o teu maior motivo, o teu maior querer.

Nesse instante, a alma me acalma: não preciso me indispor comigo nem com a vida. Serei mais forte e resistirei aos apelos da carne, da alma sedenta de carinhos mil.
Minha poesia é tão inquieta e dispersa, que não sei mais o que digo nem o que penso.

Vivemos em rotas opostas. Tua vida material é só o que te interessa, você se transformou em defensor do sistema, eu sou o oposto disso tudo, de tudo aquilo que representas no momento.

Hoje penso que poderia ter sido tudo diferente, mas a rota do destino às vezes não fica no nosso comando. Para onde estou indo? Quero continuar lutando por qualidade de vida e para ser melhor do que sou hoje, só isso.

Eu te necessito agora e não depois. Depois já passou o encantamento, alumbramento passageiro, repentino que só um estado de alma pode ter. O dia amanheceu, já e outro dia e tudo se renova com o tempo. Será??

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