Foto de Camila Ferraz
Olívia de Cássia, com Camila Ferraz e Sessão Pública
A sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira teve críticas dos deputados da oposição à Mesa Diretora da ALE. O primeiro deputado a usar a tribuna da Casa foi Ronaldo Medeiros (PT), que teceu uma série de críticas ao presidente da Casa (Fernando Toledo/PSDB). Medeiros reclamou de uma série de dificuldades, como falta de material de escritório, falta de condições de trabalho e a falta de explicações por parte da direção da Casa.
A oposição denunciou que a atual gestão não presta conta do dinheiro que gasta e que não cuida do prédio do Legislativo e nem dos gabinetes dos parlamentares. Em seu pronunciamento, Medeiros afirmou que foi procurado por entidades como o Grupo Gay de Alagoas (GGAL), que reclamou de não ter sido avisado que na sessão de ontem seria votado o Projeto que garante a extensão dos benefícios previdenciários da união estável às relações homoafetivas.
Ele disse também que os deputados não conseguem ter acesso à Ordem do Dia, antecipadamente. “Só sabemos o que será votado na hora da sessão, o que fere o Regimento da Casa e prejudica o nosso trabalho, inclusive, já fiz vários requerimentos pedindo a antecipação da entrega, mas estes requerimentos sequer são lidos em plenário”, Observou Medeiros.
O parlamentar afirmou que o prédio está caindo aos pedaços, o cupim e as traças estão detonando os quadros, as escadas, todas elas rachadas. “Em breve teremos que subir para o plenário de elevador e isso se tiver funcionando”, ironizou. Além dessas críticas, o petista ressaltou ainda que já pediu diversas vezes informações sobre a Gratificação por Dedicação Excepcional (GDE), sobre o valor pago ao INSS e simplesmente é ignorado.
“É um absurdo, mas a Mesa não repassa as informações solicitadas, como tenho acesso ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem), já tenho a maioria dos dados, mas eu quero e preciso que a Mesa me confirme se os valores que tenho são os valores que realmente são pagos”, disse ele.
Ronaldo Medeiros reclamou ainda mais da gestão da ALE , enfatizando que não pode encaminhar ofícios, “ser um deputado de ’faz de conta’, aqui é uma casa que não pode ter dono e hoje essa é a nossa realidade”, salientou o deputado.
O petista apelou para que pelo menos a Ordem do Dia (documento que discrimina os textos que serão aprovados pelos deputados) seja entregue antecipadamente, ‘para evitar transtornos com a população’, visto que, a sociedade não sabe como funciona a Casa de Tavares Bastos.
“É uma pena que os telespectadores (da TV Assembleia) não tenham como ver a situação deste prédio, vou cobrar incansavelmente da Mesa Diretora, por uma solução, por uma Assembleia melhor, informatizada, digna dos alagoanos. Venho tentando ser um parceiro, me coloquei diversas vezes a disposição da presidência, mas nada, já tentei, por exemplo, colocar essa escola legislativa para funcionar, mas é em vão”, destacou o petista.
Medeiros afirmou que quer apenas que ‘os seus direitos como parlamentar’ sejam respeitados. “Desde que ingressei nesta Casa venho tentando contribuir com meus projetos e minhas ideias, mas estou sendo podado, todos nós parlamentares temos o mesmo papel e o mesmo direito”, enfatizou Medeiros.
Foto de Olívia de Cássia - arquivo
APARTE
Em aparte, o deputado Judson Cabral também reclamou da não prestação de contas. “O Regimento Interno da Casa estabelece que a prestação, por parte da Mesa Diretora, tem que acontecer todo mês. Contudo, isso nunca aconteceu”, lamentou Cabral.
Já o peemedebista Olavo Calheiros foi quem fez a crítica mais ‘pesada’ à gestão da ALE. “Não se pode um grupinho tomar conta do dinheiro dessa Casa e ficar montado no duodécimo da Assembleia. São R$ 13 milhões, pessoal. Fazendo uma conta rápida, vê-se que os gastos com manutenção e pessoal não chegam a 25%, 30% do valor total”, observou.
Calheiros argumentou que, se for necessário, entrará com uma ação judicial para evitar a eleição antecipada da Mesa Diretora, haja vista que o objetivo da atual gestão é manter o mesmo grupo no poder.
Retomando a fala, o deputado Judson Cabral, presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALE criticou também o governador Teotonio Vilela que, em entrevista à imprensa, disse que o governo "conseguiu estancar a violência no Estado".
O deputado petista disse que, se isso é verdade, que o secretário de Defesa Social explique a informação ao Legislativo, principalmente porque requerimento nesse sentido já foi aprovado pelo plenário.
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