Por Olívia de Cássia
Mais um fim de semana permeado pela violência no Estado e ninguém faz nada. A sociedade está de pés e mãos atadas, refém de bandidos e marginais que assaltam e matam a olhos vistos. Foram mais crimes no interior e na capital, que nos deixam estarrecidos.
Em União dos Palmares, dois jovens, um de 20 anos, foram mortos na noite deste sábado, depois de saírem de uma boate localizada naquela cidade, aumentando para 18 o número de assassinatos somente este ano na Terra da Liberdade.
Segundo testemunhas, os assassinatos ocorreram depois de discussão das duas vítimas com os assassinos. O irmão de uma das vítimas disse à polícia que ele não tinha inimigo nem tinha vício em drogas, mas costumava beber na área da casa noturna.
A polícia já sabe que as vitimas haviam discutido com um homem no interior da boate e que quando saíram do local foram surpreendidas por mais de um elemento.
Em Maceió, o médico José Alfredo Vasco Tenório, 67 anos, foi com um tiro nas costas, na tarde do sábado (26), por um assaltante, quando pedalava no Corredor Vera Arruda, no Stella Maris, bairro de classe média alta da cidade. O velório aconteceu no Parque das Flores, num clima de comoção e revolta.
No Jacintinho, Thiago José Francisco Joventino dos Santos, 18, foi assassinado a tiros, na tarde deste domingo (27). Ele foi atingido por disparos de arma de fogo, na Travessa Santo Antônio. De acordo com peritos do Instituto de Criminalística, o jovem foi atingido por cinco tiros.
Ninguém escapa dessa violência, que assusta, seja rico, pobre, classe média, classe alta. A violência por aqui já pode ser considerada uma barbárie, já que o cidadão hoje em dia se vê refém de bandidos e tem que ficar preso em casa, com medo dos assaltos e até de morrer. Onde vamos parar?
Falta política pública no Estado, para conter essa onda de crescimento da violência em Alagoas, acompanhando os maiores estados do País. Toda semana essa questão volta a ser debatida na sociedade, que exige mais policiamento nas ruas, melhores condições de trabalho para os policiais, mais educação.
Não adianta construir mais presídios, tem que dá mais educação, abrir vagas de trabalho. Os jovens precisam ocupar suas mentes e corações com ações positivas e educativas com cultura, com esporte e com lazer, para que não sejam convencidos pelo mal a praticarem atos ilegais e violentos.
Na escola, a questão dos valores deve ser reforçada e discutida entre professores e alunos. Os professores precisam de segurança e melhores condições de trabalho, porque também vivem ameaçados.
Não é só por que morreu um médico que vamos nos indignar, é pela vida perdida. Devemos nos indignar todos os dias com as estatísticas crescentes de mortes de jovens, mulheres e até crianças, por conta desse clima de caos provocado pelo tráfico de drogas, que virou um inferno para as autoridades.
Onde vamos chegar, meu Deus! O mundo está precisando de paz, de harmonia, mas do jeito que a coisa vai, só mesmo chamando “Os Vingadores”, “A Liga da Justiça”, o Super-Homem, o Batman e outros heróis da ficção para ver se dão um jeito por aqui.
domingo, 27 de maio de 2012
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