Olívia de Cássia - Texto e foto
As últimas horas do ano que está acabando foram de muitas mortes registradas em Alagoas. Da tarde de ontem até a madrugada de hoje o Instituto Médico Legal já registrou onze mortes, a maioria por arma de fogo, sendo que duas ocorrências foram do Conjunto Cidade Universitária, no Tabuleiro do Martins, em Maceió.
Seis corpos deram entrada no IML das primeiras horas da madrugada deste sábado, 31, até o fechamento desta matéria. Dois corpos também foram encontrados em estado de decomposição e levados para perícia. Um deles por afogamento e outro por morte natural; duas mortes por arma de fogo de idade não revelada, também fazem parte do livro de registro da instituição.
O caso que mais chamou atenção da reportagem foi o de uma mãe, que chorava desesperada a morte de um filho de 17 anos, por arma de fogo, na recepção do IML. Ela não quis se identificar e pediu para que não colocássemos informações que identificassem seu filho.
Maria da Conceição (nome fictício) disse que não sabia o motivo pelo qual seu filho foi assassinado. “Não sei por qual motivo mataram meu filho. Essa vai ser uma passagem de ano muito difícil”, disse ela, chorando, aguardando a liberação do corpo do jovem.
Outra mãe foi à procura do corpo do filho, que segundo informaram no HGE tinha sido liberado às duas da manhã para o Instituto Médico Legal. “Ele foi vítima de tiro e o corpo não se encontra aqui; só posso lhe informar isso. Vou procurar saber o que aconteceu”, finalizou.
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