quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Deputados repercutem pronunciamento de JHC na sessão de hoje

Foto de Olívia de Cássia - arquivo
Por Olívia de Cássia

Na sessão desta quarta-feira, 1º, na Assembleia Legislativa, os deputados repercutiram em plenário o pronunciamento do filho do ex-deputado federal João Caldas, João Henrique Caldas (PTN). Em pronunciamento na tribuna da Casa de Tavares Bastos, o deputado Judson Cabral (PT) disse que nunca solicitou a verba e que nunca recebeu,” mas exijo explicações".

Em aparte, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) afirmou que JHC “trouxe fatos gravíssimos e precisam ser esclarecidos”. Calheiros observou que também aguarda um posicionamento por parte da Mesa Diretora e defendeu uma reunião urgente da Mesa Diretora para esclarecer as informações ditas por JHC.

Já o deputado Ronaldo Medeiros (PT) afirmou que tem defendido a transparência nas contas da Assembleia, “em defesa da implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores da Casa”.

Para falar do mesmo assunto, em outro aparte, o deputado Jeferson Morais (DEM) explicou que ficou constrangido quando, assim que chegou ao prédio da Assembleia, foi questionado por dois jornalistas, se receberia R$ 50 mil. "Respondi que não, pois se recebesse, não poderia encarar meus filhos da forma como faço tranquilamente. Causa constrangimento", observou Morais.

OUTRO LADO

Em nome da Mesa Diretora da Casa, quem pediu um aparte ao pronunciamento do deputado Judson Cabral (PT) foi o deputado Antonio Albuquerque (PTdoB). O vice-presidente da Casa de Tavares Bastos disse que um posicionamento da Mesa Diretora é necessário.

Ao retomar sua fala, o deputado Judson Cabral (PT) se declarou solidário ao deputado João Henrique Caldas (PTN), apesar de discordar da forma como o colega se posicionou na tribuna, na sessão de ontem.

Depois de ouvir os apartes, o deputado João Henrique Caldas (PTN), que concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje, disse que "tudo pode ser resolvido facilmente, tão logo a presidência da Assembleia responda aos questionamentos feitos de forma clara no ofício encaminhado (à Mesa Diretora). Não foi nem um requerimento, foi um ofício", afirmou.

Para encerrar a discussão, o deputado Marcelo Victor (PTB) garantiu que serão dadas as explicações solicitadas pelo deputado JHC à Mesa Diretora.

No início da sessão, o deputado Dudu Holanda (PSD) foi o primeiro a fazer uso do parlamento e apelou ao governo estadual no sentido de que coloque reforço nas barreiras policiais nas divisas do Estado.

Sobre o tema, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) afirmou que é fácil constatar que a segurança pública não é prioridade do governo alagoano, “motivo pelo qual o Estado está cada vez mais violento”. Medeiros avalia que, “ao contrário dos estados vizinhos, onde os índices de violência vêm sendo atacados, aqui nada se faz”, reforçou.

O deputado Jeferson Morais (DEM), que tem programa diário na TV Pajuçara na área policial, disse que a impunidade é uma das explicações para os altos índices de violência em Alagoas.

Ele concorda que falta contingente suficiente nas polícias Civil e Militar e defendeu um reforço de pessoal (contratação de mais policias).

Deputados aprovam projetos de autoria do Legislativo

Na Ordem do Dia, na sessão de hoje, foram aprovados vários projetos de autoria dos deputados, entre eles o do deputado Jeferson Morais (DEM), que proíbe uso de amianto nas construções públicas no Estado.

Outro projeto aprovado foi o do deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PDT), que dispõe sobre a obrigatoriedade de contratação de bombeiros civis no Estado e um de origem governamental, que cria o Sistema Estadual de Segurança Alimentar.

O deputado Judson Cabral também ocupou a tribuna da Casa para tratar do decreto governamental, publicado no Diário Oficial, sobre a execução orçamentária do governo estadual. Judson analisa que falta prioridade do governo, conforme constatado pelos dados oficiais.

"Observa-se nesse relatório, que o governo executou 87% do Orçamento do Estado. Nas áreas específicas, foram executados 67% do orçamento da segurança pública, 64% da saúde e 51% da educação, mas na comunicação, chega a quase 80%". Segundo o deputado do PT, os números mostram a falta de prioridade do governo.

Compareceram à sessão 19 deputados: o presidente Fernando Toledo (PSDB), Antonio Albuquerque (PT do B), Edival Gaia (PSDB), Ronaldo Medeiros (PT), Olavo Calheiros (PMDB), Jeferson Morais (DEM), Luiz Dantas (PMDB), Marcelo Victor (PTB), Isnaldo Bulhões (PDT), Dudu Holanda (PSD), Nelito Gomes (PSDB), Judson Cabral (PT), Temóteo Correia (DEM), Flávia Cavalcante (PMDB), Marcos Madeira (PT), Jota Cavalcante (PDT), Inácio Loiola (PSDB), João Henrique Caldas (PTN) e Marcos Barbosa (PPS). (Com informações de Sessão Pública)

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