Olívia de Cássia
Repórter
A exposição em excesso das crianças à televisão, videogames
e computadores é vista por profissionais da educação como prejudiciais à saúde e
ao desenvolvimento intelectual delas, pré-condicionam a mente a esperar altos níveis
de estimulação, o que gera falta de atenção mais tarde.
Segundo esses profissionais a criança acaba interagindo com a máquina. Em Maceió, a professora Martha Mendes, da Escola Estadual Rubens Canuto, que ensina do sexto ano do fundamental ao terceiro do ensino médio, avalia que um tempo exagerado de exposição de crianças à televisão e ao computador é prejudicial ao seu desenvolvimento.
Ela observa que os pais têm que acompanhar isso. “Até as babás, para se livrarem do trabalho, colocam as crianças à frente da televisão”, destaca.
Segundo esses profissionais a criança acaba interagindo com a máquina. Em Maceió, a professora Martha Mendes, da Escola Estadual Rubens Canuto, que ensina do sexto ano do fundamental ao terceiro do ensino médio, avalia que um tempo exagerado de exposição de crianças à televisão e ao computador é prejudicial ao seu desenvolvimento.
Ela observa que os pais têm que acompanhar isso. “Até as babás, para se livrarem do trabalho, colocam as crianças à frente da televisão”, destaca.
Segundo Martha Mendes, esse tempo exagerado coloca as
crianças interagindo com máquinas, como isso, segundo ela, “gera agressividade e
violência”, diz a professora, acrescentando que as mães têm que ter cuidado e
acompanhar o que as crianças estão assistindo: “Filmes, desenhos e novelas
agressivas geram violência. Eu não gosto de televisão, minha filha não deixa
meu neto ver o Pica-Pau porque diz que é violento”, ensina.
Outro ponto destacado pela professora Martha é que as
crianças vêm nas novelas uma realidade que não existe, que não é delas. “Elas
vêm roupas caras, de marca, e querem comprar, celular de última geração também
querem comprar. Os meus alunos têm celular que eu não tenho”, conta a
professora.
A psicóloga clínica e doutoranda em Psicologia Rosânia
Lisboa da Silva disse que não existe nada cem por cento bom ou mal, mas
observou que as crianças que fazem mais uso do computador têm um prejuízo,
porque ainda estão em formação. “Há um transtorno de dificuldade de atenção”.
Segundo ela, a televisão, jogos eletrônicos e computador,
desencadeiam algumas características de personalidade. “Alguns estudiosos
afirmam ser a causa de alguns se tornarem sociopatas, psicopatas, porque
perderam a noção de negociação das regras, não existe mais o brincar na rua“,
explica.
A exposição exagerada da criança à televisão e ao
computador, segundo a psicóloga, gera transtornos como a diminuição do
rendimento escolar, comportamento antissocial é prejudicial ao desenvolvimento
físico, porque ficam muito tempo sem fazer movimentos, causando o aumento de
peso porque não gastam energia.
“Elas passam a não se
alimentar corretamente e comem comidas prontas, quase sempre prejudiciais, como
salgados, refrigerantes, chicletes, entre outros”, ressalta Rosânia Lisboa.
Segundo ela, essas crianças quando chegam à fase adulta têm
problemas de saúde, “diminuição da atividade mental, problemas oculares, não
estímulo do cérebro, não sabem fazer uma conta porque o computador já dá tudo
pronto, muitas vezes não sabem como resolver operações fundamentais e vão perdendo
a forma de criar novos amigos”, destaca.
Rosânia disse que fica admirada porque “as crianças mandam
mensagens para colegas que moram no próprio condomínio, quando poderiam ir até
a amiga e conversar. Tudo hoje é internet e com isso a ortografia vai se
perdendo, o Português vai para o lixo e não sabem escrever corretamente”,
pontua a psicóloga.
Ela destaca, no entanto, que isso vai muito da estrutura
familiar da criança e que os pais têm que direcionar o filho e não o contrário.
Ela acrescenta que a criança tem que ter horários: e que tudo o que é de mais
ou de menos prejudica.
“Tem que ver como é o ambiente em casa, se a criança está
sendo estimulada, porque é muito cômodo
para os pais deixarem os filhos na frente de um computador ou de uma televisão,
porque não terão trabalho de ficar olhando, da mesma forma que seria se
tivessem andando de bicicleta na rua. A estrutura familiar leva a isso”,
observa.
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