Fotos de Olívia de Cássia
Categorias debateram a matéria em sessão da Assembleia
Legislativa, com presença de deputados federais
Olívia de Cássia – Repórter
Os policiais alagoanos debateram no plenário da Assembleia
Legislativa (ALE), na manhã desta sexta-feira, 16, a PEC 300, que está em
tramitação na Câmara Federal desde 2008. A sessão foi de autoria do deputado
Ronaldo Medeiros (PT).
O petista justificou a requisição da sessão observando a vulnerabilidade dos
policiais, que têm medo de que alguém saiba de suas identidades, porque moram
no mesmo bairro que os delinquentes.
Medeiros observou que os policiais têm que ser tratados com
respeito pelo trabalho que desempenham. “A PEC 300 vem fazer justiça a esses
profissionais e foi isso que me motivou a propor a sessão pública. Nenhum
policial queria ter outra atividade se fosse bem remunerado e tivesse um
salário digno”, disse Medeiros.
O deputado Jeferson Morais (DEM) disse que a questão da
violência já está se tornando cansativa na Casa de Tavares Bastos e que o Plano
Brasil Mais seguro em Alagoas faliu. Morais denunciou o aumento da violência no
Estado e disse que muita gente morre no HGE e não consta na estatística do
Governo do Estado.
O major Fragoso, da Associação dos Oficiais Militares de
Alagoas (Assomal) disse que a sessão foi muito importante porque vai fazer com
que Alagoas encaminhe um documento para o governo federal e assim tenha algum
retorno. Fragoso fez algumas críticas ao governo federal com relação ao trâmite
da matéria no Congresso Nacional.
Ele disse que falta vontade política para que a emenda seja votada e que a presença do PT na sessão
foi muito importante. “A PEC 300 é um nome de fantasia, foi apensada à PEC 446
de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros; é necessário que seja votada
com urgência, pois faz tempo que aguarda a votação”, observou.
O coronel Ivon Berto também falou da importância
da PEC 300, disse que a segurança
pública não foi contemplada pelo pré-sal e que precisa de vontade política para
isso. Já o deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão-PT) rebateu algumas
críticas que foram feitas ao governo federal e disse que não dá para fazer um
discurso eleitoral no momento.
“A segurança pública
é de responsabilidade do Estado; se a PEC não tiver apoio dos governadores não
sai da Câmara Federal. Sou favorável que as categorias tenham salários dignos,
mas elas não podem ficar só na questão
da PEC; o debate é mais profundo”, observou Paulão.
Vários representantes das categorias fizeram o uso da fala e
destacaram a mobilização em todo o País com vistas à aprovação da matéria na
Câmara Federal, com viagens a Brasília e reuniões diversas no Congresso
Nacional com os deputados para que votem a matéria.
“Fizemos várias mobilizações e queria dizer que quem vota na
emenda aglutinativa são os senadores e deputados federais. Sou defensor e partidário
do PT; continuarei junto com as entidades lutando pela causa, mas infelizmente
alguns poderes constituídos não querem a provação da emenda”, disse Wagner
Simas.
No final da sessão foi tirado um documento que será entregue
ao governo federal, Senado e Câmara, com as reivindicações das categorias que
foram debatidas na oportunidade, para que a PEC seja votada com urgência,
segundo o deputado Ronaldo Medeiros (PT).
Participaram da sessão:
os deputados federais Paulo Fernando dos Santos (Paulão-PT) e Mendonça
Prado (DEM- SE), além dos deputados estaduais Judson Cabral (PT), Jeferson
Morais (DEM) e o ex-deputado estadual Castelo, além do proponente da sessão,
deputado Ronaldo Medeiros (PT), que presidiu a mesa.
Além dos parlamentares participaram ainda: o coronel
Josivaldo Feliciano (comandante do Corpo de Bombeiros; sargento Jorge Vieira
(Sergipe); sargento Marcos Ramalho (Corpo de Bombeiros); Wagner Simas
(Associação dos Praças - Aspara); coronel Ivon Berto, major Vinicius, entre
outros representantes do Corpo de Bombeiros Militares e dos policiais militares.
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