sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Policiais alagoanos cobram votação da PEC 300

Fotos de Olívia de Cássia
Categorias debateram a matéria em sessão da Assembleia Legislativa, com presença de deputados federais

Olívia de Cássia – Repórter

Os policiais alagoanos debateram no plenário da Assembleia Legislativa (ALE), na manhã desta sexta-feira, 16, a PEC 300, que está em tramitação na Câmara Federal desde 2008. A sessão foi de autoria do deputado Ronaldo Medeiros (PT).

O petista justificou a requisição da  sessão observando a vulnerabilidade dos policiais, que têm medo de que alguém saiba de suas identidades, porque moram no mesmo bairro que os delinquentes.

Medeiros observou que os policiais têm que ser tratados com respeito pelo trabalho que desempenham. “A PEC 300 vem fazer justiça a esses profissionais e foi isso que me motivou a propor a sessão pública. Nenhum policial queria ter outra atividade se fosse bem remunerado e tivesse um salário digno”, disse Medeiros.

O deputado Jeferson Morais (DEM) disse que a questão da violência já está se tornando cansativa na Casa de Tavares Bastos e que o Plano Brasil Mais seguro em Alagoas faliu. Morais denunciou o aumento da violência no Estado e disse que muita gente morre no HGE e não consta na estatística do Governo do Estado.

O major Fragoso, da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) disse que a sessão foi muito importante porque vai fazer com que Alagoas encaminhe um documento para o governo federal e assim tenha algum retorno. Fragoso fez algumas críticas ao governo federal com relação ao trâmite da matéria no Congresso Nacional.

Ele disse que falta vontade política para que a emenda  seja votada e que a presença do PT na sessão foi muito importante. “A PEC 300 é um nome de fantasia, foi apensada à PEC 446 de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros; é necessário que seja votada com urgência, pois faz tempo que aguarda a votação”, observou.

O coronel Ivon Berto também falou da importância da  PEC 300, disse que a segurança pública não foi contemplada pelo pré-sal e que precisa de vontade política para isso. Já o deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão-PT) rebateu algumas críticas que foram feitas ao governo federal e disse que não dá para fazer um discurso eleitoral no momento.

 “A segurança pública é de responsabilidade do Estado; se a PEC não tiver apoio dos governadores não sai da Câmara Federal. Sou favorável que as categorias tenham salários dignos, mas elas não podem ficar  só na questão da PEC; o debate é mais profundo”, observou Paulão.

Vários representantes das categorias fizeram o uso da fala e destacaram a mobilização em todo o País com vistas à aprovação da matéria na Câmara Federal, com viagens a Brasília e reuniões diversas no Congresso Nacional com os deputados para que votem a matéria.

“Fizemos várias mobilizações e queria dizer que quem vota na emenda aglutinativa são os senadores e deputados federais. Sou defensor e partidário do PT; continuarei junto com as entidades lutando pela causa, mas infelizmente alguns poderes constituídos não querem a provação da emenda”, disse Wagner Simas.

No final da sessão foi tirado um documento que será entregue ao governo federal, Senado e Câmara, com as reivindicações das categorias que foram debatidas na oportunidade, para que a PEC seja votada com urgência, segundo o deputado Ronaldo Medeiros (PT).

Participaram da sessão:  os deputados federais Paulo Fernando dos Santos (Paulão-PT) e Mendonça Prado (DEM- SE), além dos deputados estaduais Judson Cabral (PT), Jeferson Morais (DEM) e o ex-deputado estadual Castelo, além do proponente da sessão, deputado Ronaldo Medeiros (PT), que presidiu a mesa.

Além dos parlamentares participaram ainda: o coronel Josivaldo Feliciano (comandante do Corpo de Bombeiros; sargento Jorge Vieira (Sergipe); sargento Marcos Ramalho (Corpo de Bombeiros); Wagner Simas (Associação dos Praças - Aspara); coronel Ivon Berto, major Vinicius, entre outros representantes do Corpo de Bombeiros Militares e dos  policiais militares.



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