Ascom SEE
Olívia de Cássia – Repórter
A Secretaria de Educação e do Esporte (SEE) apresentou na
sexta-feira, 9, os primeiros resultados da Avaliação de Aprendizagem dos Alunos
da Rede Estadual de Ensino de Alagoas (Areal), com relação ao alcance das metas
para 2012, em evento que aconteceu durante a Formação em Apropriação de
Resultados da Avaliação em Larga Escala (Farale), no Hotel Ritz Lagoa da Anta.
Segundo a assessoria da SEE, os alunos dos 5º e 9º anos do
Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das escolas da rede estadual foram
avaliados nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Produção de Texto
e alcançaram a meta estabelecida pela instituição.
A assessoria da Secretaria encaminhou os gráficos à redação e
no primeiro, o Ideal (Índice de
Desenvolvimento da Educação em Alagoas ) nos primeiros anos do ensino fundamental, em 2011, foi de 1,5 a
meta era 1,8 e chegou a 2,0 em 2012.
No segundo gráfico, nos últimos anos do ensino fundamental,
ainda em 2011, foi 0,9 a meta era 1,2 e chegou a 1,5 em 2012. No ensino médio:
em 2011, 0,5, a meta era 0,7 e chegou a 0,9 em 2012.
Nos demais gráficos apresentados foi dado um percentual de
desempenho: O Ideal 2012, nos anos iniciais do ensino fundamental – 69%
alcançaram a meta e 31% não; nos anos finais do fundamental o índice foi: 75%
bateram a meta e 25% não; já no ensino médio, ainda em 2012, 84% atingiram a
meta e 16% não.
A avaliação foi uma iniciativa da Secretaria de Educação em
parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A SEE não indicou
ninguém para falar sobre o assunto, mas a assessoria informou que a partir dos
dados da Areal, os gestores podem planejar e executar políticas públicas e
criar metas de qualidade educacionais. Os dados são preliminares.
Sinteal estranha
resultado
Por telefone, a reportagem conversou com a presidente do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo
Correia, e ela informou que apesar de a entidade não ter participado da
atividade da SEE, por motivo de outras agendas, achou estranho que as metas
tenham sido alcançadas, mesmo sendo dados preliminares, já que os índices da
educação em Alagoas são os piores do país.
“Nos surpreende que o Estado tenha atingido essa meta, mas
não estou acompanhando essa discussão por problema de saúde em casa, mas acho
complicado e fico preocupada com esse resultado: como é que tem uma lacuna
enorme de falta de professores nas escolas, temos os piores desempenhos nos
indicadores sociais do Estado e teve esse desempenho positivo?”, indaga a
professora.
Consuelo Correia observa que no ano passado oito mil alunos
no Estado ficaram fora da sala de aula. Ela destaca que tanto no ano passado
quanto este ano tem escola que ainda não teve aula, por falta de professor.
Um exemplo disso, segundo Consuelo, é o Centro de Pesquisas
Aplicadas (Cepa), na Escola José Camerino: “Na escola ainda não teve aula de
Geografia. A gente vem pedindo concurso para professor desde 2007 e o governo
ainda não fez. No fim do ano, no apagar das luzes, vem um monitor dá alguns
dias de aula e aprova a turma. Esse resultado é preocupante”, finaliza.
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