domingo, 11 de agosto de 2013

SEE diz que metas da educação para 2012 foram atingidas e Sinteal estranha resultados

Ascom SEE
Olívia de Cássia – Repórter

A Secretaria de Educação e do Esporte (SEE) apresentou na sexta-feira, 9, os primeiros resultados da Avaliação de Aprendizagem dos Alunos da Rede Estadual de Ensino de Alagoas (Areal), com relação ao alcance das metas para 2012, em evento que aconteceu durante a Formação em Apropriação de Resultados da Avaliação em Larga Escala (Farale), no Hotel Ritz Lagoa da Anta.

Segundo a assessoria da SEE, os alunos dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das escolas da rede estadual foram avaliados nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Produção de Texto e alcançaram a meta estabelecida pela instituição.

A assessoria da  Secretaria encaminhou os gráficos à redação e no primeiro, o  Ideal (Índice de Desenvolvimento da Educação em Alagoas ) nos primeiros anos do  ensino fundamental, em 2011, foi de 1,5 a meta era 1,8 e chegou a 2,0 em 2012.

No segundo gráfico, nos últimos anos do ensino fundamental, ainda em 2011, foi 0,9 a meta era 1,2 e chegou a 1,5 em 2012. No ensino médio: em 2011, 0,5, a meta era 0,7 e chegou a 0,9 em 2012.

Nos demais gráficos apresentados foi dado um percentual de desempenho: O Ideal 2012, nos anos iniciais do ensino fundamental – 69% alcançaram a meta e 31% não; nos anos finais do fundamental o índice foi: 75% bateram a meta e 25% não; já no ensino médio, ainda em 2012, 84% atingiram a meta e 16% não.

A avaliação foi uma iniciativa da Secretaria de Educação em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A SEE não indicou ninguém para falar sobre o assunto, mas a assessoria informou que a partir dos dados da Areal, os gestores podem planejar e executar políticas públicas e criar metas de qualidade educacionais. Os dados são preliminares.

Sinteal estranha resultado

Por telefone, a reportagem conversou com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo Correia, e ela informou que apesar de a entidade não ter participado da atividade da SEE, por motivo de outras agendas, achou estranho que as metas tenham sido alcançadas, mesmo sendo dados preliminares, já que os índices da educação em Alagoas são os piores do país.

“Nos surpreende que o Estado tenha atingido essa meta, mas não estou acompanhando essa discussão por problema de saúde em casa, mas acho complicado e fico preocupada com esse resultado: como é que tem uma lacuna enorme de falta de professores nas escolas, temos os piores desempenhos nos indicadores sociais do Estado e teve esse desempenho positivo?”, indaga a professora.

Consuelo Correia observa que no ano passado oito mil alunos no Estado ficaram fora da sala de aula. Ela destaca que tanto no ano passado quanto este ano tem escola que ainda não teve aula, por falta de professor.


Um exemplo disso, segundo Consuelo, é o Centro de Pesquisas Aplicadas (Cepa), na Escola José Camerino: “Na escola ainda não teve aula de Geografia. A gente vem pedindo concurso para professor desde 2007 e o governo ainda não fez. No fim do ano, no apagar das luzes, vem um monitor dá alguns dias de aula e aprova a turma. Esse resultado é preocupante”, finaliza.

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