quinta-feira, 7 de julho de 2011

Entidade nacional cobrará construção de casas para quilombolas de União

Na enchente de 2010, 120 famílias de remanescentes do Quilombo escaparam da tragédia

Gazetaweb - Gilson Monteiro

Depois de conhecer as 120 famílias do povoado quilombola Muquém, em União dos Palmares, zona da mata alagoana, na manhã desta quarta-feira (6), o representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (Conaq), Ivo Fonseca, decidiu intervir junto à coordenação do Programa de Reconstrução das cidades atingidas pela enchente para cobrar a construção das casas que irão abrigar os moradores que perderam suas casas na tragédia de 2010.

A ida do coordenador à terra de Zumbi fez parte de uma série de visitas do representante da Conaq em Alagoas, iniciada na segunda-feira (4) em Maceió, com uma reunião com o presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Geraldo de Majella. Na terça-feira (5) ele esteve em Arapiraca.

Fonseca viu de perto a situação das 120 família de remanescentes do Quilombo dos Palmares, na lendária Serra da Barriga, que em 2010 ganharam o noticiário nacional por terem escapado da tragédia pendurados em árvores onde permaneceram até o amanhecer.

Segundo a assessoria de comunicação do Iteral, Fonseca vai intervir no drama dos quilombolas por meio do Núcleo de Quilombolas em Alagoas. A gerente do Núcleo, Berenita Maria dos Santos, deverá se reunir com a coordenação do Programa de Reconstrução.

Depois de visitar a Serra da Barriga, o coordenador do Conaq se reuniu com lideranças quilombolas. A presidente da Associação de Moradores, Albertina Nunes, disse que as casas ainda não começaram a ser construídas, e tem expectativa de que a intervenção do Conaq consiga acelerar as obras.

“Até agora as obras praticamente não começaram. Primeiro era o terreno que tinha problema. Depois foram as chuvas que atrapalharam, e agora, o que impede a construção?”, questiona a quilombola. “Esperamos que agora a Coordenação Nacional possa fiscalizar, procurar saber por que as obras não andam aqui no Muquém. Não agüentamos mais esperar”, queixa-se Albertina Nunes.

A Gazetaweb não conseguiu contato com o vice-governador, José Thomaz Nonô (DEM), e presidente do Projeto de Reconstrução, para falar sobre o atraso nas obras das casas da comunidade Muquém.

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