Olívia de Cássia - jornalista
Vivo procurando a felicidade. Tenho a estranha mania de
acreditar nas pessoas e na vida. Não quero passar por aqui sem deixar uma marca
que me identifique: uma boa mensagem.
Talvez
não seja completamente por acaso que eu tenha entendido há muito tempo que não adianta mais pensar em pessoas e coisas que não valem a pena.
É preciso ter otimismo e embora tenham me dito isso quando eu
era adolescente, só vim aprender a lição na maturidade. Nem sempre a gente
acerta o prumo, mas é bom saber que se a gente tenta e dá uma chance à
própria sorte é sempre bom. Sou um eterno caminhar sozinha.
Não penso mais em ti como pensava antes, por incrível que
pareça; ontem eu descobri que és apenas uma lembrança de um passado que já
passou faz tempo e estranhamente eu senti um alívio ao perceber isso, foi como
um ato de libertação.
É incrível como a gente percebe que se enganou no caminhar,
por um longo tempo na vida, mas ela é um eterno experimento, um aprendizado sem
fim. Eu sou parte dessa história, mas às vezes me sinto como se fosse agora uma
expectadora.
Se de vez em quando eu tento uma aproximação, me comunicar
contigo é apenas uma forma de querer ser gentil, de não acabar de vez com uma
história que teve tantas lutas e tantos enredos, mas cada vez eu me
convenço que não passas de um estranho.
Na vida tudo tem um começo, um meio e um fim e devo me
convencer de que tudo chegou ao fim tem anos e anos e que não posso mais
esperar uma palavra amiga, se nem isso tu tens para me dar.
A vida é uma eterna passagem, talvez um dia encontres alguém
que te faça entender as nuances; a profundidade de um caminho que você não quis
percorrer e que não acreditou. Mas também entendo que cada um faz o seu próprio
destino e sua história.
Agora eu posso dizer que persigo a felicidade a cada dia e
que posso encontrá-la em qualquer parte, em qualquer coisa e em qualquer lugar.
Quando a gente se liberta das amarras que nos consome, a gente se sente livre e
pronta para novas experiências.
Mário Quintana dizia que há somente uma época na vida de
cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para
realizá-los, a despeito de todas as dificuldades e obstáculos: o presente.
E é esse presente que eu quero viver e desfrutar, lutando
por dias melhores e mais justos, por uma sociedade sem tantos desiguais.
“Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um
convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de
novo e de novo, e quantas vezes for preciso”, observava o poeta. Que todos
tenham um dia de muitas esperanças e muito otimismo. Fiquem com Deus.
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