Olívia de Cássia - jornalista
Eu sou o que sou, não adianta querer negar, querer ser outra
pessoa. Sei que não sou uma mulher suficiente, perfeita, completa. Sou confusa,
cheia de sentimentalismos, de imperfeições, que às vezes me tornam um ser muito
frágil.
Fazendo uma retrospectiva da minha vida, eu já cometi muitos
erros, todos eles querendo acertar, mas foram pequenos ‘deslizes’, que
só afetaram a mim. A maioria dos meus desatinos foi por amor, mas nada que
pudesse comprometer a minha felicidade.
Já amei demais, não nego isso. Errei por amar demais, por me entregar de
corpo e alma: mais alma do que corpo e esse sentimento às vezes a gente acha
sofrido e amolecido. Amei muito e incondicionalmente.
Sofri, sonhei, chorei, fiz poesias, me descabelei, adoeci
por causa dos meus amores e tentando acertar, à minha maneira, eu errei mais do
que devia. Eu não soube conduzir minha vida com a maturidade devida, de maneira
que tudo fosse mais ameno, menos dolorido naquele tempo de desamor.
Não deveria ser assim, mas a gente só aprende quando
amadurece. Eu posso ter cometido todas as loucuras, mas todas elas aconteceram por
amar demais, por querer ser uma pessoa autêntica, não igual aos outros.
Eu quis para mim o amor
que muitos não acreditam, que às vezes desdenham, o amor dos romances, que a
gente aprende nas grandes histórias de amor. Mas na vida tudo é mais real do
que as fantasias que a gente alimenta.
Muito mais do que os sonhos que a gente vai acumulando na
adolescência e na juventude. Já tentei ser diferente, posso dizer que hoje sou
mais forte, mais centrada, mais feliz. Ainda bem que pelo menos isso a maturidade
nos traz. Boa noite e boa semana para todos!
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