Olívia de Cássia – jornalistaÉpoca de campanha eleitoral da disputa pelo voto no corpo a corpo, tempo de externar propostas, ganhar o eleitor e correr para o abraço. Se as campanhas eleitorais fosse comedidas, feitas de forma educada e humana, talvez a consciência política das pessoas fossem ais desperta.
Mas o que vemos em uma campanha eleitoral? Ausência de propostas e de programa de governo, na maioria das vezes; candidatos que não mostram a quê vieram e a cabeça do eleitorado fica mais confusa.
Sou de uma época que eu participava mais ativamente das campanhas, defendia propostas e lutava pela vitória dos candidatos que eu acreditava que fossem ideológicos e comprometidos com políticas públicas, com questões sociais e pela transformação da sociedade em um lugar bonito de se viver.
Mas eu tenho consciência de que esse pensamento meu, que ainda tenho muito forte, é uma utopia nos dias de hoje. Nós sonhadores às vezes nos decepcionamos muito com isso.
Quem participou de movimentos sociais, de luta pela igualdade de gênero, pela Diretas Já e outros movimentos, assim como eu se ressente hoje em dia do que aparece por aí como sendo o menos ruim.
Aprendemos com o tempo e na época da pequena militância a lutar contra o preconceito de uma forma geral, contra a falta de liberdade, pelo direito à democracia e por um País livre de amarras e corrupção.
Hoje eu continuo defendendo meus ideais, não abro mão do que aprendi na formação da minha personalidade e da minha cidadania, mas tenho consciência a atual realidade, da ausência de projetos concretos que nos tornem mais felizes.
Torço para que os políticos e lideranças que conseguirem se eleger assumam mais os compromissos e as causas e abstenham um pouco a ganância pelo poder. Bom dia para todos e uma linda segunda-feira.
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