Camila Ferraz
Olívia de Cássia - jornalista
Centenas de manifestantes fizeram uma manifestação na porta da Assembleia Legislativa, protestando contra o aumento dos salários dos deputados. Houve confusão, bombas e apedrejamento do prédio.
O protesto acabou por suspender os trabalhos na Casa de Tavares Bastos, com vários deputados deixando o plenário, temendo a invasão em massa dos servidores, revoltados com a notícia de que os deputados derrubaram veto do Governo do Estado ao reajuste, de mais de 100%, para os próprios parlamentares - quando o funcionalismo público recebeu apenas 5.91% de reajuste.
Ainda acontecia a sessão ordinária desta terça-feira quando bombas começaram a ser atiradas contra o prédio da Assembleia Legislativa de Alagoas. Os servidores da Casa e os Deputados que ainda estavam no plenário se assustaram com tanta confusão.
Muitos servidores se concentrara à porta da Assembleia Legislativa. O protesto acabou por suspendendo os trabalhos na Casa de Tavares Bastos. Os servidores revoltados acabaram derrubando a cerca que separa o estacionamento e a Praça Dom Pedro II e várias bombas atiradas em direção à entrada principal.
A manifestação aconteceu por conta do reajuste salarial que o governo não concedeu, então os manifestantes, todos com cartazes criticando o governador Teotônio Vilela Filho, com gritos de guerra e músicas pejorativas criticando o governador.
Alguns servidores da Assembleia chegaram a retirar seus veículos do estacionamento para evitar apedrejamento. Após a ação, que durou cerca de 20 minutos, os manifestantes retomaram caminhada, seguindo em direção à Rua João Pessoa, depois de muitos estampidos também provocados por rojões.
Devido à interrupção repentina da sessão ordinária - aberta com a presença de 21 deputados -, o deputado Dudu Hollanda (PMN) teve de assumir a presidência dos trabalhos para, às 18 horas, conforme previsão regimental, encerrar a sessão diante de um plenário vazio.
Os manifestantes pediam também a presença dos deputados estaduais. Contudo, apenas dois deles foram conversar com os trabalhadores - Ronaldo Medeiros (PT), líder do partido na Assembleia Legislativa e Judson Cabral (PT).
Segundo a assessoria do deputado Ronaldo Medeiros, ele pediu aos servidores que agissem com inteligência e não fizessem nada que pudessem se arrepender depois e acrescentou que aquele era um movimento vitorioso e por essa razão não podiam tomar atitudes impulsivas.
Em entrevista à imprensa, na saída do prédio, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) disse que vai aguardar o relatório da assessoria militar para tomar as providências.
Segundo informações da assessoria militar, por volta das 18h30, pelo menos cinco carros de funcionários foram danificados no protesto que contou com a presença de policiais civis, agentes penitenciários, bombeiros e outras categorias. (Com informações de Camila Ferraz, da assessoria do deputado Ronaldo Medeiros)
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