Fotos de Olívia de Cássia - arquivo
Judson Cabral: “Não quero confronto, mas não me apequenei, como disse o deputado Antonio Albuquerque. Tenho certeza que se for para estar ao lado dos servidores eu vou me apequenar, sempre. Diante da minha pequenez, vou estar sempre discordando, quando isso se fizer necessário”
Olívia de Cássia – jornalista
A manifestação dos servidores da área de segurança no Estado, promovida na última terça-feira, 10, foi tema de debate novamente na tarde desta quinta-feira, 12, na Assembleia Legislativa. O tema foi puxado pelo deputado Judson Cabra (PT) que em sua fala reafirmou seu apoio aos servidores que lutam por melhoria salarial, já há algum tempo.
Com a presença de 17 deputados no plenário, na hora das explicações pessoais, o deputado Judson Cabral se inscreveu e disse que preferia “ficar apequenado”, como disse o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) em seu discurso de quarta-feira, mas que prefere ficar do lado dos servidores, que lutam por melhoria salarial.
“Não quero confronto com nenhum colega, mas não me apequenei, como disse o deputado Antonio Albuquerque. Tenho certeza que se for para estar ao lado dos servidores eu vou me apequenar, sempre. Diante da minha pequenez, vou estar sempre discordando, quando isso se fizer necessário”, colocou o petista.
Judson defendeu que a luta dos servidores não tem como alvo a Assembleia. “Lamentavelmente o deputado Antonio Albuquerque disse que eu me apequenei, tive a coragem de ir lá. Entendi a exaltação de alguns. O momento de revolta, de desilusão. A necessidade das pessoas, algumas descontroladas”, disse ele.
O deputado do PT observou ainda que não defende “a degradação, não defendo ato de vandalismo”, e observou que “quando se faz um movimento de rua é preciso muita cautela; não é o salário dos parlamentares que atrapalha os servidores, não pretendo fazer confronto com ninguém mas dentro da minha pequenez estarei sempre do lado dos servidores”, reforçou.
Em aparte a Judson Cabral, Isnaldo Bulhões Júnior (PDT) também prestou solidariedade aos servidores grevistas e disse que “estão colocando as entidades de classe como vilães”. O deputado do PDT disse que é falta de delicadeza tachar os servidores como vagabundos e deliquentes e disse que “se há algum vilão na história é o governo do Estado, pela forma como vem destratando o funcionalismo”.
O pedetista observou que as reivindicações são justas e criticou a imprensa dizendo que é inaceitável a sua conduta. Ele afirmou que quando a manifestação teve início, já não estava mais no prédio da Assembleia e lembrou a declaração do deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que afirmou ter sofrido uma tentativa de homicídio por parte dos militares.
“Ouvi o que ele falou e o que digo é que se houve excessos, que os responsáveis sejam punidos. Não adianta invertermos os papeis agora”, ressaltou.
TOLEDO REPUDIA VANDALISMO
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo (PSDB), ao ser questionado por outros deputados acerca das medidas que serão tomadas pela Mesa Diretora da Casa contra os atos registrados em frente ao prédio da Casa Tavares Bastos, informou ter solicitado ao Gabinete Militar um relatório sobre os danos causados ao patrimônio público, para então adotar os procedimentos legais.
Ele destacou que a Assembleia “sempre atuou de forma respeitosa e democrática na intermediação das negociações dos servidores com o governo estadual”. O presidente da ALE, assim como o deputado Antonio Albuquerque, vice-presidente da Casa, considera que os atos ocorridos na ALE foram de "vandalismo" e disse que o Poder Legislativo sempre teve um bom relacionamento mantido com todos os seguimentos.
O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) não compareceu nesta quinta-feira ao plenário , durante a sessão, mas foi entrevistado pela manhã do programa do radialista França Moura e reafirmou o seu discurso na ALE.
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