quarta-feira, 11 de maio de 2011

Deputado Antonio Albuquerque chama manifestantes de vândalos

Foto de Olívia de Cássia - arquivo
Antonio Albuquerque criticou as lideranças do movimento e disse que são políticos que não conseguem se eleger e que usam a categoria como ‘massa de manobra’

Olívia de Cássia – jornalista

Um dia depois da manifestação de servidores da área de segurança pública do Estado, no prédio da Assembleia Legislativa, o deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) fez um discurso indignado na tarde desta quarta-feira, 11, na tribuna da Casa de Tavares Bastos.

O discurso de Albuquerque foi contrário ao pronunciamento do deputado Judson Cabral (PT), que usou a tribuna da ALE para se solidarizar com os servidores grevistas que foram hoje na Casa pedir para que ele intermediasse uma reunião com o presidente Fernando Toledo (PSDB).

Judson disse que não justifica a questão do dano ao patrimônio, mas observou que a indignação dos servidores é justa, ‘na busca pela melhoria dos salários’. “O emocional não pode superar o racional e é preciso mostrar solidariedade aos servidores. Tivemos momentos de tensão, mas o diálogo tem que estar presente”, finalizou Judson.

INDIGNAÇÃO

Diante da fala de Judson Cabral, defendendo que os deputados recebessem os servidores para uma conversa, o deputado Antônio Albuquerque iniciou o seu discurso, da tribuna da Casa, dizendo ser contra que a Casa converse com os grevistas e discordando do colega parlamentar dizendo que sempre tratou a todos com ‘respeito, sempre no trato com elegância, fidalguia e solidariedade’.

Albuquerque disse que o discurso de Judson “ficou apequenado porque lhe faltam argumentos para justificar o ato de vandalismo praticado contra esta Casa. Não encontrei motivo justo para (a depredação) do patrimônio e o atentado contra os trabalhadores da Casa”, justificou.

O deputado disse que a ALE “quase que foi invadida por uma horda de vândalos, capitaneados pelos líderes desse movimento”. Na avaliação do deputado Antônio Albuquerque, os manifestantes precisam ser responsabilizados “criminalmente” pelos danos cometidos contra o patrimônio da Casa de Tavares Bastos.

“Foi uma tentativa de homicídio contra mães e pais de família que nela labutam. Fui contra o projeto de lei que tramitava na Casa, que privilegiava uns e favorecia outros. Fui perseguido... Não sou contra as reivindicações por salários melhores”, disse ele.

Enquanto o deputado falava, na galeria da ALE, os manifestantes ficaram de costas. Em sua fala ele acrescentou ainda que vai continuar com “altivez, independência política e moral. Essa Casa não pode receber aqueles que atentaram contra a vida de funcionárias que corriam desesperadas pelos corredores”, enfatizou.

Antonio Albuquerque criticou as lideranças do movimento e disse que são políticos que não conseguem se eleger e que usam a categoria como ‘massa de manobra’. “O que aconteceu foi a demonstração inconteste de que (os manifestantes) não representam os servidores do Estado”, disse ele.

O petebista disse ainda que os servidores se amontoaram na porta da ALE, “contra o Poder que sempre os acolheu. Não posso compactuar, não é possível que essa Casa receba”, finalizou.

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