Olívia de Cássia – jornalista
O período de chuvas chegou novamente e ainda nem foram resolvidos os problemas deixados pela enchente de 18 de junho do ano passado. A meteorologia em Alagoas está prevendo um inverno ainda mais rigoroso que o anterior. Como resultado, o saldo dos estragos cada ano é mais grave, consequência muitas vezes dos desmatamentos e dos maus-tratos com o meio ambiente.
O representante da Defesa Civil do Estado anunciou na imprensa que vai traçar um plano de mobilização e articulação para evitar tragédias durante esse período de chuvas. Gestores que tiveram seus municípios devastados pela enchente do ano passado já estão preocupados, porque ainda nem foram construídas as casas nos 19 municípios atingidos pelas enchentes de 2010 e lá vem mais chuva torrencial.
Há dois fins de semana que chove muito: tanto em Alagoas quanto em Pernambuco. O Litoral Norte alagoano, até essa semana, foi o mais atingido dessa vez e oficialmente ainda nem é inverno. Na Zona da Mata, em Santana do Mundaú, a população está aflita e alarmada. O município foi um dos mais atingidos com a cheia do ano passado e sequer foi construída uma casa por lá. Argumenta-se que por causa da topografia do local; os moradores de lá correm o risco de passar pela mesma situação.
Na terça-feira, 4, foi dado um alerta que devido as fortes chuvas que caíram em Palmares a cidade ia alagar de novo. Em União dos Palmares, a população também foi avisada de uma possível inundação, mas o alarme era falso. Na Terra da Liberdade, onde o Mundaú mais ameaçava ( Rua da Ponte e do Jatobá) não existem mais casas: foram destruídas na enchente de 18 de junho de 2010; apenas no Taquari e na Cachoeira ainda restam umas poucas casas.
O perigo agora em União é no bairro Roberto Correia e adjacências, no outro lado da cidade, na entrada principal, onde tem o Riacho Canabrava e as águas do Mundaú se encontram e represam, juntando com as do Riacho Macacos.
Na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), a Comissão das Enchentes, que tem como presidente o deputado João Henrique Caldas (PTN) tem feito reuniões e acompanhado as cidades onde estão sendo reconstruídas as casas para os desabrigados da enchente do ano passado. JHC alertou na sessão de terça, 3, que a tragédia ocorrida em junho de 2010 poderá se repetir este ano.
O deputado Sérgio Toledo (PDT), que representa o Vale do Paraíba na comissão, propôs que fosse feito um manual de procedimentos de catástrofes, para quando necessário o atendimento à população. Nesse manual, segundo o deputado, devem constar as medidas extraordinárias e coordenadas, para se manter a qualidade básica ou mínima de atendimento.
Segundo ele, os princípios básicos no atendimento em situações de catástrofes devem ser a triagem, o tratamento e o transporte. Partindo desses princípios, o Estado deve estar preparado para atender a população, sem perder tempo.
Representante da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e alguns prefeitos estão recebendo instruções de procedimentos básicos a serem adotados durante esse período. Pelo menos este ano todos estão avisados e mais atentos ao problema, mas quando a natureza se revolta, não tem muito o que se fazer além da prevenção e cuidados mais carinhosos com ela.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Aqui dentro tudo é igual
Olívia de Cássia Cerqueira Aqui dentro está tudo igual. Lá fora os bem-te-vis e outros pássaros que não sei identificar, fazem a fes...
-
Foto Inteligência artificial Olívia de Cássia Cerqueira (29-09-2024) Quando meus pais morreram, vi meu mundo cair: papai três antes que ...
-
Olívia de Cássia Correia de Cerqueira Jornalista aposenta Revisitando minhas leituras, relendo alguns textos antigos e tentando me con...
-
Olívia de Cássia Cerqueira – Jornalista aposentada (foto Inteligência artificial) Este texto eu escrevi em 1º de setembro de 2009 ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário