segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Aconteceu de repente...

Olívia de Cássia - jornalista

Uma amiga me perguntou o que faria se alguém que gostasse muito começasse a evitá-la, depois de ter feito as pazes e se reconciliado com essa mesma pessoa, que há anos não via. Eu respondi que desse tempo ao tempo, que procurasse ser compreensiva, porque nem sempre a gente consegue agradar a todos todo o tempo.

Comecei o texto com essa introdução para falar um pouco do ser humano, o quanto ele é contraditório e nem sempre sincero. Tenho um grande defeito na vida que é o de achar que todas as pessoas são amigas e que nunca vão me magoar, mas sei que isso não é possível.

Procuro ser condescendente e compressiva ao ponto de muitas vezes sacrificar a minha individualidade. Sei que isso é ingenuidade de minha parte, pois o ser humano é muito complexo.

Tenho amizades de todas as idades, crenças e tendências não discrimino ninguém, ou pelo menos tento não discriminar e me policio para não ter preconceitos diante das situações que a vida me oferece.

Nos meus 52 anos de vida eu tenho convivido com os mais variados tipos de pessoas e isso vai fazendo com que a gente aprenda muito do que vai dentro de cada ser humano. O ser humano é muito complicado, por isso que muitas vezes prefiro a companhia dos meus filhotes de quatro patas.

Amo todos os amigos que tenho e sinto necessidade de fazer amizades. Isso para mim é salutar e essencial para a minha breve existência. Quando a gente tem problemas de saúde e sabe que isso não tem jeito, a gente procura ser melhor a cada dia, pelo menos é o que faço.

Sei que não tenho muito tempo de vida útil e estou procurando um pouco de felicidade em cada instante da minha vida. Os sentimentos que trago em mim só posso expressá-los por meio da escrita, das minha poesias, porque desisti de ficar falando disso para outras pessoas.

O fato de eu ter um sentimento às vezes exagerado, não quer dizer que eu vá forçar uma barra. A gente aprende a ter um pouco de individualidade, mesmo que seja uma pessoa como eu: aberta ao diálogo e que deseja o melhor para o outro.

Não quero construir inimigos na vida; pelo contrário, tenho necessidade de ter mais amigos, mas hoje procuro ser mais vigilante e estou vigilante o tempo todo por conta dessa minha fragilidade de ser. Aconteceu de repente....

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