Olívia de Cássia - jornalista
A violência cometida contra a mulher é um crime que vem se
perpetuando na história da humanidade há muitos séculos. Parece que quanto mais
as sociedades avançam no que diz respeito a estrutura, melhoria de vida e
aprimoramento do saber, mais essa prática hedionda se avoluma.
Nem as campanhas que são feitas de conscientização contra
esse tipo de crime parece que tem adiantado. É só dar uma percorrida no
noticiário diariamente para perceber o quanto o ser humano tem sido cruel.
Ao longo dos séculos as mulheres e os movimentos sociais
protestaram: nos ambientes de trabalho e na luta diária pela sobrevivência têm
reclamado contra o atraso e a brutalidade de ações violentas cometidas contra
elas.
Muitas mulheres foram mortas por lutarem por dias melhores e
mais justos e outras conseguiram seu lugar na sociedade, mas nos dias atuais,
cotidianamente, é comum o noticiário expressar toda a brutalidade dos
companheiros contra as suas mulheres, numa demonstração de fraqueza e covardia
insanas.
A violência contra as mulheres é uma atitude mesquinha,
covarde e machista de homens que não evoluíram como seres humanos e permanecem
na pré-história de suas consciências. Avaliam eles que as companheiras são
objetos de sua propriedade com os quais podem manipular e dispor da forma que
lhes cabe.
Apesar da aplicação da Lei Maria da Penha a violência contra
a mulher vem crescendo de forma incontrolada também em Alagoas. Os assassinos
têm o mesmo perfil, maridos, ex-maridos, namorados e companheiros inconformados
com o fim do relacionamento. Estamos vivendo uma guerra desigual.
Segundo os últimos estudos realizados pelas instituições
ligadas ao tema, aumentou o nível de preocupação com a violência doméstica em
todas as regiões do País.
A violência contra as mulheres dentro e fora de casa foi
apontada como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.
Segundo o Mapa da Violência de 2013, as mulheres jovens são
as principais vítimas de espancamentos e assassinatos.
O estudo aponta que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios
de mulheres aumentou . Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas
no país. Desse total, a taxa de mortes entre as mulheres jovens foi de 7,1 por
grupo de 100 mil, enquanto na população não jovem, com idades abaixo de 15 e
acima dos 24 anos, o índice foi de 4,1.
É preciso que fiquemos vigilantes diante desse grande
problema que afeta a humanidade e que deve ser tema de muitos estudos nos
próximos anos. Que a paz esteja presente em nossos corações. Boa tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário