Segundo especialistas, crianças que praticam esporte são mais saudáveis. Foto: Sandro Lima |
Olívia de Cássia – Repórter
A prática de atividade física é excelente para o
desenvolvimento infantil e estimula os hábitos saudáveis por toda a vida; devem
ser estimuladas desde os primeiros meses de vida para que os esportes sejam bem
trabalhados no futuro.
A professora de Educação Física Monnique Elaine observa
que desde as primeiras séries a prática do esporte já é recomendada pelos
educadores.
“Nas primeiras séries a criança é inserida para se
socializar, conhecer e fazer atividades lúdicas, sem competitividade; no ensino
médio é que muda a forma e vai para o atletismo”, observa a professora. Já a
psicopedagoga Lívia Vieira argumenta que estamos vivendo em uma nova era onde
os pais colocam os filhos logo cedo na escola, por conta muitas vezes da
violência e também da precocidade deles.
“Antigamente a gente tinha pena de levá-los tão cedo, mas
hoje eles estão muito precoces e por conta da violência nas ruas, cada vez mais
as crianças estão indo para a escola e se inserindo no esporte mais cedo”,
observa.
Segundo Lívia Vieira, não existe uma idade definida para se
colocar as crianças nas atividades físicas como esportes, línguas e ou artes:
“Tem crianças que têm problemas de crescimento e já há a necessidade de se
iniciar com um ou dois anos na natação”,
explica.
“A idade de iniciação nas atividades é a que a criança
decide; muitas vão com seis anos, mas não existe de fato uma idade certa: minha
filha, por exemplo, tem nove anos e o médico aconselhou que fizesse natação”,
observa.
Lívia Vieira reforça ainda que para atividade como leitura e
artes, aos três ou quatro anos elas já se iniciam com trabalhos lúdicos para
conhecerem. A psicopedagoga pontua ainda
que para o estudo de línguas, por exemplo, com quatro anos já tem crianças se
iniciando, o que facilita no aprendizado e é até mais fácil para elas.
“O ideal é incentivar a prática de exercícios desde cedo, de
forma que o pequeno crie hábitos saudáveis que o acompanhem ao longo de sua
vida. Porém, é importante que a modalidade esportiva seja adequada à idade da
criança, pois todo excesso é nocivo”, ensina.
Escola sócio
interacionista surge a ênfase no social
A Escola Oficina da Vida, localizada na Serraria, trabalha
com o método sócio interacionista, que foi criado pelo psicólogo bielo-russo
Lev Vygotsky e surge a ênfase no social. A escola trabalha com crianças a
partir de um ano e quatro meses até o quinto ano e a psicóloga e pedagoga Maria
de Fátima Carvalho dos Santos, que está na coordenação da escola, conta que a
escola também trabalha com crianças que já estão fora de faixa.
“Esse grupo a gente intitulou de GI que é o Grupo de
Integração, porque é um grupo que já está fora de faixa e que já ficou aqui: os
amigos já saíram, mas eles continuam aqui porque os pais optaram. A gente
apresentou uma proposta de trabalho que atende as necessidades deles, são moças
e rapazes que já repetiram séries; tenho alunos com 14 ou 23 anos; a idade
cronológica é essa, mas a mental é outra”, explica.
“A gente foca as necessidades deles. Não adianta eu ter uma
criança hiperativa e trabalhar com textos longos. A gente faz toda uma
adaptação curricular; eu trabalho Língua
Portuguesa, Matemática, mas dentro do que é possível. Com uma criança eu faço
sequência numérica até 100; com outra eu faço até o 20; é um atendimento que chega a ser individualizado”,
enfatiza.
Segundo a pedagoga, a escola tem cinco turmas da educação
infantil e seis turmas do fundamental; trabalha do primeiro ao quinto ano com
todas as áreas de conhecimento como: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências,
História, Arte, Informática e Educação Física, entre outras disciplinas que
estão fora da grade curricular, mas que fica a critério do aluno, como aulas de
dança.
“Quando a gente insere as artes, depende do nível da idade
de cada turma. Aqui na escola a gente
tem arte, que trabalha desde os pequenininhos desde a socialização ao quinto
ano. Aula de futsal e outras modalidades esportivas o aluno faz se for
matriculado na atividade. Tem aluno no judô, no futsal, na natação, entre
outras”, destaca.
Maria de Fátima observa que a escola trabalha também com
outro idioma, mas não existe essa exigência pelo MEC (Ministério da Educação):
“Ele dá a sugestão para a gente trabalhar no Fundamental; o Inglês é
terceirizado; mas arte, informática, capoeira, tem na grade curricular”,
destaca.
Segundo ela, as crianças menores já se iniciam na
musicalização a partir da socialização. “Os
pequenos já trabalham com música porque tem ritmo, desde o início. Aulas
de arte também, com tintas, lápis; é diferente do fundamental. A Escola Oficina
da Vida também fará uma atividade, no próximo dia 18, dividida em grupos, cada
um representando uma região do país, destacando alguma dança ou manifestação
cultural.
A reportagem da Tribuna Independente chegou à escola no
último dia de aula, no fim da tarde e os alunos estavam agitados. Queriam saber onde seriam divulgadas as fotos
que estavam sendo tiradas na sala de aula decorada com a temática da Copa;
alguns alunos especiais estavam jogando e desenvolvendo suas atividades. A
professora explicou que eles iam sair no jornal e a curiosidade aumentou ainda
mais: queriam várias respostas.
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