Olívia de Cássia Correia de Cerqueira...
Eu era apenas uma menina ingênua, que tremia em teus braços envolventes cada vez que me abraçavas com teu ímpeto de macho arrebatador. Eu era uma menina que não sabia de nada da vida e sabia de tudo ao mesmo tempo.
Eu era uma menina e queria transformar o mundo, mas minha ingenuidade foi tanta, que eu não sabia como me comportar naquela situação, acanhada que era em minha rotina de vida, de leituras, romances e poesias.
Eu era uma menina sonhadora, que queria transformar o mundo e achava que as minhas ideias e escritos, por si só, seriam capazes de fazer com que os outros entendessem isso.
E gritava para o mundo ouvir que eu era capaz do meu intento, com a minha maneira de pensar: ninguém ia proibir que eu realizasse meus sonhos de menina, de adolescente, sonhos juvenis.
Eu era uma menina que acreditava no amor incondicionalmente. Acreditava no amor dos romances que eu lia, mas sabia que a vida não era um conto de fadas; isso eu aprendi muito cedo, embora fosse muito ingênua.
Eu era uma menina que foi capaz de ficar te amando platonicamente por longos anos, à espera que um milagre acontecesse; mas o milagre que eu esperava não veio, pois milagres não existem por aqui; isso é fato.
domingo, 17 de junho de 2012
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