Servidores ocupam a ALE e declaram greve; categoria teve o reforço dos policiais que prometem
aquartelamento dia 7 de abril
Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)
Os servidores da Assembleia Legislativa ocuparam o prédio da Casa de Tavares Bastos no fim da tarde de ontem e impediram que houvesse sessão no primeiro dia da semana para os trabalhos legislativos. No começo da manifestação os ânimos estavam exaltados e houve servidor que tentou forçar a porta da ALE par entrar, em seguida as portas foram abertas e eles tentaram invadir o plenário quando foram impedidos pela segurança da ALE.
A categoria promete radicalizar, na próxima segunda-feira, 5 de abril, caso não haja a incorporação dos quinquênios e do Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores (PCCS), esperado há 21 anos, como tinha ficado acordado anteriormente com a Mesa Diretora.
Depois de momentos de tensão uma comissão, junto com o presidente do sindicato, foi recebida pelo presidente Fernando Toledo (PSDB), mais alguns deputados, mas a presença da imprensa na reunião não foi permitida e os jornalistas ficaram aguardando na ante-sala da presidência.
O que foi conversado entre eles parece que não agradou muito ao presidente do Sindicato da categoria, Ernandi Malta, que quando saiu da sala da presidência deu mais declarações à imprensa, inconformado com o que ele chama de falta de compromisso com os trabalhadores do Poder Legislativo, quando não incorporou, já no salário pago nesta terça-feira, 30, o retroativo de janeiro e fevereiro, nem os quinquênios.
A entidade dos servidores da ALE reclama da falta de respeito da Mesa Diretora e, antes de ser recebido pelo deputado Fernando Toledo, Ernandi Malta se queixou do primeiro secretário, deputado Jota Cavalcante (PDT) que segundo ele “desdenha dos servidores”.
No final da reunião o presidente da Assembleia, Fernando Toledo, recebeu a imprensa para dar sua versão aos fatos. Os deputados, que até aquele momento o acompanhavam durante a reunião com os servidores, deixaram a sala por uma porta lateral e não se pronunciaram.
Toledo observou na coletiva à imprensa que está com o firme propósito de fazer a implantação desse PCCS e disse que não há descumprimento da lei, como acusa o sindicato. Ele garantiu que o enquadramento funcional já está sendo feito, mas segundo ele, existem situações diferenciadas em relação à vida funcional de cada um dos servidores.
O presidente da Casa de Tavares Bastos destacou que o que existiu foram dificuldades técnicas, e que a implantação de alguns casos foi feita, e que não restava nenhuma dúvida, mas que outros “são nebulosos”. “A situação funcional dos servidores dessa Casa é muito conturbada”, afirmou.
Comenta-se nos bastidores da Casa que há servidores que só chegam no local nos dias de pagamento ou de mobilização do Sindicato e isso estaria atrapalhando a implantação desse Plano de Cargos.
AQUARTALEMANETO
No começo da noite os servidores da ALE tiveram o reforço dos policiais que reclamam da falta de compromisso do governador Teotonio Vilela (PSDB) com a categoria. Foram feitos vários discursos inflamados e o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, disse que no próximo dia 7 de abril haverá um aquartelamento e que vai haver uma assembleia da categoria em frente à Casa de Tavares Bastos, quando eles, mais uma vez, vão se juntar aos servidores da Casa.
quarta-feira, 31 de março de 2010
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