Foto de Sandro Lima
Área interestadual deverá ser desocupada sob pena de prisão dos responsáveis pela atividade de degradação ambiental, em caso de descumprimento
Por Daniel Maia
Após a veiculação da reportagem “Rio Mundaú vira local de extração de pedra”, pela Tribuna Independente, no domingo (15), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) interditou o local. O diretor-presidente do órgão, Adriano Augusto de Araújo, anunciou que iria enviar técnicos do órgão à cidade de União dos Palmares para averiguar a atividade de extração de pedras na localidade. O anúncio foi cumprido e a interdição foi feita ontem.
Dois técnicos do IMA foram à Rua do Juazeiro, local antes habitado pelas vítimas das enchentes de junho de 2010. Lá, eles constataram que a área é inapropriada para realizar a extração de pedras, o que faz com que o local seja interditado sob a punição de prisão dos responsáveis pela obra, caso haja descumprimento.
Adriano Augusto informou que, no momento da abordagem dos técnicos do IMA, os responsáveis pela obra não foram encontrados, mas mesmo assim, a notificação foi aplicada aos trabalhadores, sob a pena de prisão.
“No momento da chegada dos técnicos, havia dois trabalhadores em serviço. Eles não quiserem falar. Avisamos a um suposto cara que transportava carga que se encontrava no local. Deixamos a notificação dizendo que era para suspender as obras sob a pena de prisão”, disse.
Adriano voltou a afirmar que não é possível emitir licença ambiental para realização de obras no leito de um rio. “Houve realmente um afloramento de granito no meio do rio”, disse.
Após a notificação, os técnicos do IMA se comprometeram em retornar à Rua do Juazeiro no dia 24, para identificar se houve a desapropriação do trecho do rio Mundaú, que é interestadual. O procedimento é realizado pelo órgão sempre que há uma notificação relacionada à degradação do meio ambiente. “Se houver reincidência daremos voz de prisão e aplicaremos as medidas cabíveis mediante a situação”, reiterou o diretor-presidente.
EXPLORAÇÃO
Na reportagem que trata da degradação ambiental no Rio Mundaú, a Tribuna Independente relatou também o dia-a-dia de “Seu Leopoldino”, um trabalhador palmarino, com mais de 54 anos de serviço de quebra e transporte de pedras.
A assessoria de comunicação do Ministério Público do Trabalho (MPT), ao ser procurada, só informou que a instituição recebeu denúncias anônimas, mas não tinha prazo para visitar o canteiro de obras no leito do Rio Mundaú.
Fonte: Tribuna Hoje
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