Pais e mães de alunos incentivam filhos a praticarem o
esporte na esperança de vê-los se tornarem craques do futebol
Olívia de Cássia – Repórter
A procura pelas escolinhas de futebol em Maceió aumentou de
10 a 15%: o aumento se deve à Copa do
Mundo, que desperta nas crianças ainda mais a paixão pelo futebol. Na Escolinha
Arena da Serraria, o professor Ibson Costa ensina sete turmas: quatro delas
segunda e quarta e mais três turmas às terças e quintas e uma de preparação de
goleiro às sextas-feiras.
Com a realização da Copa no Brasil ele explica que houve uma
aparição maior de alunos à procura pelo esporte e dos pais também. “A procura é
constante: o pai que tem um menino sempre sonha que o filho seja um jogador de
futebol; a gente tem turmas a partir dos três anos, que se iniciam com a parte
lúdica, brincadeiras voltadas para o futebol, pega pega com bola, que inclui a
criança diretamente ao jogo”, observa.
Segundo Ibson Costa, cada turma da Arena da Serraria tem 15
alunos; a escola tem alunos dos três aos 17 anos e essa turma de adolescentes
tem convênio com outro time. “A gente está jogando no Campeonato Alagoano e
jogou com o CRB, foi considerado até melhor pela imprensa; não cansou, devido
ao nosso treinamento aqui, que tem um destaque na parte de preparação física e
também porque a gente tem um time muito qualificado: temos quatro canhotos e o
time já se sobressi por isso”, explica.
Na Escolinha Arena da Serraria, o professor Ibson Costa ensina sete turmas |
O professor pontua que seus alunos se espelham em jogadores
como Neymar Júnior,
Daniel Alves, Huck, Júlio César, entre outros da seleção
brasileira. A escolinha de futebol tem apenas um ano e já comemora a procura
dos alunos e pais.
A escola tem time sub-15, que jogará no campeonato promovido
pela TV Gazeta: “Participamos do campeonato Sesc-TV Gazeta, no Juvenil; saímos
nas quartas-de-final, na primeira participação e ficamos entre os 16 melhores
dos 64 clubes. É um feito muito grande, porque é difícil chegar logo de cara e
vencer”, argumentou.
O proprietário da escola, Nelito Rocha, conta que faz um
trabalho social inserindo crianças da comunidade nas atividades que eles
desenvolvem: “São mais de 30 crianças que a gente faz um trabalho, tanto da
parte educacional quanto de fundamento, para fazer com que eles interajam e
saiam um pouco das ruas, do convívio com a malandragem e estejam sempre aqui”,
destaca.
Nelito Rocha explica que algumas crianças da comunidade
chegaram com um comportamento agressivo, mas mudaram depois que interagiram com
a escola. “Tivemos alunos que chegaram com um comportamento um pouco agressivo
e com o convívio conosco e com o futebol conseguimos fazer com que eles
mudassem de comportamento; até os pais já observaram isso e elogiaram”,
ressalta.
O proprietário da escola, Nelito Rocha, conta que faz um trabalho social inserindo crianças da comunidade |
Cristiano Caxias, pai
de um dos alunos da escola, disse que o filho despertou para o futebol porque
via tios e outros membros da família brincando e ele mesmo quis: “Todo mundo lá
em casa gosta de futebol e o incentiva, porque é importante no desenvolvimento
e disciplina”, destaca.
Maria Neuza Santos mora no José Tenório e estava na escola
acompanhando o filho de oito anos no treino de futebol; ela disse que ele fica
todo animado com a Copa e entrou na escolinha tem seis meses, mas já jogou em
várias outras e que não para de treinar quando chega ao bairro onde mora.
“Por eu não ter tempo de levá-lo para outras escolas mais
longe, eu o trouxe aqui. Acho muito importante que ele pratique futebol, porque
é uma coisa que ele gosta e é bom para a saúde e eu incentivo. Ele é apaixonado
e no dia que não vai para o treino, chora e briga comigo; aí mando ele jogar na
quadra do conjunto que tem um rapaz voluntário que ensina. Ele já disse que vai
ter campeonato e que vai participar,
quem sabe o futuro se ele não vai ser um craque”, sonha dona Maria Neuza.
O gerente geral da escolinha do Corinthians alagoano, Marcos
Túlio, confirma à reportagem da Tribuna Independente que a procura pelas aulas
de futebol, com relação ao ano passado,
aumentou de 10 a 15%. A escolinha
tem turmas de 7 a 13 anos: “Duas pela manhã e duas à tarde. São alunos que os
pais matriculam mais para brincar, fazerem atividades físicas e ocuparem o
tempo. Aos sete anos, as atividades são mais na parte educacional, lazer e
induzir a criança para a atividade física”, conta.
Segundo ele, o objetivo da escola é educar, em primeiro
lugar. Com relação às chances dos atletas que treinam cedo a chegarem a ser um
jogador de futebol, ele pontua que é muito relativo: “Qualquer esporte que se
começa cedo, a perspectiva é maior, devido à experiência adquirida. Às vezes o
pai tem o sonho de ter um filho jogador de futebol porque o sonho é dele”,
finaliza sorrindo.
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