quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Marcha de sem-terra chega a Maceió e deve acampar hoje na Praça Sinimbu

Foto: assessoria

Movimento saiu de Murici no domingo
 e acampou na Ufal ontem à tarde


Olívia de Cássia – Repórter

Cerca de duas mil famílias dos movimentos de sem-terra acamparam no Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal de Alagoas, por volta das 17h de ontem, vindas de Murici. A Marcha por Terra e Justiça é uma iniciativa do MST, Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), e cobra do governo federal e estadual a democratização da terra.

No domingo, os trabalhadores se concentraram na Fazenda Sede, em Murici,  e saíram em marcha, antes do raiar do sol, enfrentando chuva e todas as intempéries do tempo, segundo contam.  Os movimentos protestam contra a paralisação da reforma agrária no Estado e segundo José Roberto, uma das lideranças do movimento, já foi solicitada uma agenda  com o Governo do Estado, mas até agora não houve resposta. “Até agora não tivemos resposta e esperamos até amanhã (hoje)”, observou.

Segundo José Roberto, a marcha “é a resposta do movimento pela ordem de despejo para os acampados de algumas propriedades e como houve a paralisação no processo de reforma agrária, o movimento vai pedir quatro áreas centrais, em Murici: Fazenda Sede, Bota Velha, Cavalheiro e São Sebastião, onde foi assassinado um líder sem-terra, em 29 de novembro de 2005”, disse ele.

O líder dos sem-terra disse ainda que os trabalhadores rurais vão aguardar uma resposta das autoridades e que o Governo do Estado convoque alguém de Brasília para resolver a pauta. Segundo informação do movimento, há mais de dez anos cerca de 400 famílias acampadas vivem nas fazendas São Sebastião (Atalaia), Cavaleiro, São Simeão ou Sede e Bota Velha (Murici). Eles argumentam que estão sofrendo o medo de um despejo a qualquer momento.


Seu José Antônio da Silva é acampado da Fazenda Canjica, no município de Messias e disse que o local está ocupado há seis anos. “Estamos querendo a posse definitiva da fazenda, que tem 58 trabalhadores, para a gente plantar, colher  e ter uma produção sadia”, explicou.

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