domingo, 3 de novembro de 2013

Sinto-me livre...

Olívia de Cássia - jornalista

Sinto-me livre de qualquer sentimento que não me traga um sorriso no rosto: estou curada daquele sentimento que me fazia sofrer. É noite e lá fora chove, terminando o domingo abafado.

Penso agora que eu poderia ter sido mais feliz na juventude, se não tivesse desperdiçado tanto tempo com pensamentos bobos e com dores descabidas. Tanto sofrimento para nada. Estou livre, sinto-me bem com esse sentimento de paz dentro de mim.

Antes eu não sabia administrar o que eu sentia de forma adequada; mas a gente não nasce sabendo das coisas e é preciso muito chão pela frente, é preciso a gente se desconstruir, para depois se recompor novamente, e depois eu perceber quanto engano eu cometi.

Ouço músicas que falam de amor, de paz, de sonhos, de encontros e desencontros, do cotidiano. Vou seguindo, acompanhando a brincadeira dos meus gatos: ralho com Bruce Wayne, que não deixa Janis Joplin sossegar.

Amanhã começa tudo de novo, uma nova semana que espero seja de produtividade e de boas novas. Vez ou outra é preciso a gente fazer esse processo interior de desconstrução, refletir o que foi bom, o que ficou para traz e aquilo que nos trouxe coisas boas.

Lembrar também do que nos trouxe aprendizado. Muito eu aprendi com o pouco que eu já vivi, que às vezes parece uma eternidade. Às vezes penso que não vou dar conta de tudo: de administrar minha vida.

É muito difícil esse negócio de tomar conta da gente, dar conta do trabalho, e nessas horas vem aquela ansiedade aflita, para depois a gente se aliviar quando percebe o resultado do que conquistamos e fomos capazes de realizar.

De tanto eu ouvir que não ia muito longe, que tinha escolhido a profissão errada, quase que acredito naquela palavra que nem gosto de pronunciar. Mas, da mesma forma que eu sempre fui muito teimosa e persistente e fazia tudo quase sempre ao contrário, aqui estou eu.

Tenho a certeza de que aquela teoria só me serviu para me impulsionar mais e me fazer lutar dobrado por aquilo que eu queria ser, embora o que eu tenha conseguido não tenha sido tanto.   

Sinto-me tonta,  talvez um pouco de enxaqueca que logo vai passar quando eu deitar e dormir para despertar ao amanhecer e começar tudo de novo, de novo, e acreditando sempre que eu posso fazer muito mais, que posso ser mais eu daqui para frente e ser mais feliz. Boa semana e fiquem com Deus!

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