sábado, 16 de novembro de 2013

Dia de rotina

Olívia de Cássia - jornalista

Estou tão acostumada a sair de casa para trabalhar, que estranho o feriado, mas aproveitei ontem e hoje para ler e dormir muito. Logo cedo algumas ideias para um texto me surgiram à cabeça, baseadas em algumas leituras que venho fazendo.

Mas depois veio o  plantão e eu esqueci a respeito do que queria escrever naquele instante; lembrei que eram ideias interessantes para um texto, mas não anotei o que estava pensando e depois esqueci. Passei o dia assim, ora lendo, depois trabalhando e o tempo foi atropelando tudo.

Além de uma obrigação, ler para mim é uma diversão e um hobby, uma atividade querida. Agora à noite, depois de um banho e um cochilo no sofá, pensei novamente em exercitar a mente e escrever alguma coisa que me fizesse bem, embora aquilo que eu pensei pela manhã tenha me fugido totalmente; não lembro mais a respeito do que eu queria dizer.

Talvez sejam apenas invenções da minha mente para preencher o espaço. Passei o feriado de ontem sem sair de casa, impedida pela questão financeira e pelo cansaço. Num primeiro momento cheguei a me animar a sair; ir ao cinema, mas depois lembrei que estou sem capital para financiar uma pequena saída sequer.

Hoje de manhã dei prosseguimento à minha leitura e à tarde trabalhei. Não fui ao hospital visitar meu irmão; estou um pouco resfriada e não é indicado arriscar. Fico sabendo das notícias diariamente ligando e acompanhando o estado de saúde dele, que está estável.

Tenho postado quase que diariamente no Facebook as informações a respeito do quadro dele, o passo a passo, para que os amigos acompanhem e saibam notícias: tenho recebido muitas mensagens de otimismo e perseverança com relação a isso e agradeço a todos pelo carinho.

Sempre brinco dizendo a meu irmão que ele tem quem cuide dele, diferente de mim. Mas eu também não quero ficar pensando nisso: ainda tenho muita lucidez, vontade de lutar e alguma força nas pernas para me locomover, apesar dos tombos.

Lá fora as crianças fazem algazarra, desde cedo. Têm uma energia incalculável e aqui na rua brincam em liberdade, sem impedimentos. O barulho que fazem é tanto que a gente precisa aumentar o volume da televisão para ouvir o noticiário.

Coisas dessa fase tão bonita que é a infância e a liberdade. São tantas as brincadeiras e os sonhos, que me fazem lembrar de tudo o que vivi nessa fase. Malu e Oto se agitam com o barulho que as crianças fazem, estranham e começam a latir, inconformados.

 Vai dar trabalho para silenciá-los novamente. Os gatos me rodeiam na mesa: Aurora está com um barrigão e daqui a pouco me dará netinhos lindos. Bruce Wayne se inquieta também com o barulho e tento acalmá-los, mas Oto continua a latir inconformado com o barulho.  Agora as crianças diminuíram um pouco o volume e a intensidade das brincadeiras; acho que se aquietaram.

Tem situações engraçadas na vida que depois de madura é que a gente vai percebendo: quando somos jovens determinadas coisas têm uma supervalorização; com o tempo a gente vai percebendo e aprendendo a dar valor ao que realmente importa. Boa noite e bom fim de semana!

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