domingo, 17 de março de 2013

Um agradecimento...

Olívia de Cássia - jornalista

Um turbilhão de pensamentos e sentimentos tomam conta de mim nesse finalzinho de domingo: talvez a febre do meu corpo dolorido pela virose estejam fazendo esse efeito, de muito suor e calor, provocados pelo analgésico que tomei associado à vitamina C.

O certo é que passei um dia impaciente, sem conseguir me conectar, sem poder acessar as redes sociais, sem me concentrar e dar continuidade à minha leitura. Passei o dia assim: inquieta e pensante, alheia á realidade.

Quando a gente teve uma base sólida na família tem motivos para ter saudade. Eu tenho saudade da vida que levei, das muitas amizades que fiz e das pequenas aventuras que eu vivi na minha querida União dos Palmares.

São vivências de uma adolescente que foram puras, se comparadas à vida que os jovens levam hoje. E minha vida de agora, apesar da realização de ter uma profissão que tanto sonhei, nem se compara com os momentos marcantes que eu tive na juventude.

São pensamentos e lembranças de amigos queridos, de familiares que já se foram e que muito marcaram minha vida, de momentos inesquecíveis  de frases e acontecimentos que permearam a minha vida de tal modo, que tudo isso ficou grudadinho na minha mente; apesar do tempo passado, não me fugiu à memória.

Nas horas de fraqueza, por um momento passageiro, vem aquela vontade de reclamar, desdizer, por um infortúnio qualquer. Mas na mesma hora o arrependimento chega e dou graças a Deus pela vida que tive e tenho, por tudo o que vivi, por ainda poder me expressar, andar e poder falar dos meus sentimentos.

Eu amo a vida, gosto de festas, de felicidade e todos os acontecimentos do passado, bons e ruins, me serviram de laboratório, de experiência para a idade madura. Triste de quem não teve um amor para recordar, um passado para servir de lição e uma vida de exemplos dados pelos pais e familiares.

Eu tive a felicidade de tê-los muito presentes em meu cotidiano e posso dizer que bendigo a Deus por tudo. Não é por conta da pontinha de tristeza que trago no fundo da alma que vou me revoltar.  Já passei dessa fase adolescente da revolta, da rebeldia.

A nostalgia de agora dá vontade de chorar e por que não? Se me dá vontade de chorar, eu choro, não tenho vergonha de dizer. Hoje à tarde vi um filme ‘tolo’ na televisão e lá estava eu me debulhando em lágrimas de emoção e saudade. Sou assim, não tem jeito.

Nesses momentos aproveito para tirar algum ensinamento, alguma lição: eu só tenho que agradecer a Deus pelos anjos que de vez em quando ele coloca na minha vida para dizer que nem tudo está perdido. 

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