Acordei tarde neste domingo, 17 de fevereiro, por conta de
uma pequena cervejada de ontem com a estudantada da Vieira Perdigão, rua onde
moro em Maceió. Precisava dar vasão à angústia que estava sentindo, por conta
de tanta informação negativa que tive acesso.
Mensagens que não são construtivas, que possam me conduzir
para a felicidade. Quando a gente pensa que já viu de tudo, vem uma bomba e
desfaz aquele pensamento anterior, de carinho e desconstrói nosso bem interior.
São muitas situações familiares que a gente não entende e
que é melhor deixar de mão, já que têm outros donos para se importar. Mesmo
assim causa impacto violento na nossa tranquilidade; estou assim, abismada
ainda.
Resolvo ir a União dos Palmares, muito rapidamente, apenas
para fazer um pagamento. Ainda sem minha identidade e meu título de eleitor,
que perdi e ainda não entendo como aconteceu, mas a única explicação é a que a minha carteira teria caído no ônibus
naquele dia. Desde dezembro, ando com a cópia do BO, que fiz na
internet no dia do ocorrido e a xerox da certidão de nascimento.
Fico me perguntando o que a gente faz quando tem uma grande
decepção vinda por parte de uma pessoa que a gente ama e que nos surpreende
cada dia mais com tanta irresponsabilidade.
Não sou uma pessoa tão conservadora e tento minimizar
algumas situações, já que fui uma adolescente rebelde, mas a nossa rebeldia de
antes era por outros motivos e não tinha nem comparação com esse comportamento
que vejo agora nas jovens e nos jovens de hoje.
Já passei por situações de preconceito, vexatórias, por
conta daquele meu jeito de ser, mas tudo tem um limite na vida e é preciso que alguém
diga isso para quem de direito. O
problema da juventude de hoje, avalio eu agora, é de muita falta de limite e de
responsabilidades que não são apresentados e nem exigidos.
Eu não tive filho, queria adotar no passado, depois na
maturidade e já separada, mas com problemas de saúde, fui desaconselhada pelo
médico e desisti. Era um grande sonho meu, desde a mais tenra idade.
Queria adotar uma menina, que eu já tinha escolhido até o
nome: se chamaria Maria Clara, para quem escrevi um poema que se perdeu no
tempo tal qual a minha vontade de adotar uma criança.
O tempo foi passando e hoje eu avalio, pela minha
fragilidade e total atrapalhamento diante das coisas práticas da vida, que jamais
teria condições de criar uma filha. Deus sabe o que faz e hoje eu até agradeço
pelo fato de não tê-lo feito.
Tento ocupar meu tempo com muito trabalho, leituras, minha escrita
e com tudo o que gosto de fazer. Eu não tenho autoridade e nem capacidade para
dizer quem está errado ou o que deve fazer. Longe de mim tal coisa, mas a vida
vai ensinando muito e vamos adaptando isso, aliado à boa educação e orientação que tivemos.
Os tempos mudaram, os conceitos de família e do que é
apropriado idem, para algumas pessoas, outras nem isso sabem o que é. Preciso
me importar com meus problemas, apenas,
o que já é de bom tamanho. Vida que
segue em frente. Boa noite e uma boa semana para todos.
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