domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quando a gente pensa...

Olívia de Cássia – jornalista

Acordei tarde neste domingo, 17 de fevereiro, por conta de uma pequena cervejada de ontem com a estudantada da Vieira Perdigão, rua onde moro em Maceió. Precisava dar vasão à angústia que estava sentindo, por conta de tanta informação negativa que tive acesso.

Mensagens que não são construtivas, que possam me conduzir para a felicidade. Quando a gente pensa que já viu de tudo, vem uma bomba e desfaz aquele pensamento anterior, de carinho e desconstrói nosso bem interior.

São muitas situações familiares que a gente não entende e que é melhor deixar de mão, já que têm outros donos para se importar. Mesmo assim causa impacto violento na nossa tranquilidade; estou assim, abismada ainda.

Resolvo ir a União dos Palmares, muito rapidamente, apenas para fazer um pagamento. Ainda sem minha identidade e meu título de eleitor, que perdi e ainda não entendo como aconteceu, mas a única explicação é a  que a minha carteira teria caído no ônibus naquele dia. Desde dezembro, ando com a cópia do BO, que fiz na internet no dia do ocorrido  e a xerox  da certidão de nascimento.

Fico me perguntando o que a gente faz quando tem uma grande decepção vinda por parte de uma pessoa que a gente ama e que nos surpreende cada dia mais com tanta irresponsabilidade.

Não sou uma pessoa tão conservadora e tento minimizar algumas situações, já que fui uma adolescente rebelde, mas a nossa rebeldia de antes era por outros motivos e não tinha nem comparação com esse comportamento que vejo agora nas jovens e nos jovens de hoje.

Já passei por situações de preconceito, vexatórias, por conta daquele meu jeito de ser, mas tudo tem um limite na vida e é preciso que alguém diga isso para quem de direito.  O problema da juventude de hoje, avalio eu agora, é de muita falta de limite e de responsabilidades que não são apresentados e nem exigidos.

Eu não tive filho, queria adotar no passado, depois na maturidade e já separada, mas com problemas de saúde, fui desaconselhada pelo médico e desisti. Era um grande sonho meu, desde a mais tenra idade.

Queria adotar uma menina, que eu já tinha escolhido até o nome: se chamaria Maria Clara, para quem escrevi um poema que se perdeu no tempo tal qual a minha vontade de adotar uma criança.

O tempo foi passando e hoje eu avalio, pela minha fragilidade e total atrapalhamento diante das coisas práticas da vida, que jamais teria condições de criar uma filha. Deus sabe o que faz e hoje eu até agradeço pelo fato de não tê-lo feito.

Tento ocupar meu tempo com muito trabalho, leituras, minha escrita e com tudo o que gosto de fazer. Eu não tenho autoridade e nem capacidade para dizer quem está errado ou o que deve fazer. Longe de mim tal coisa, mas a vida vai ensinando muito e vamos adaptando isso, aliado  à boa educação e orientação que tivemos.

Os tempos mudaram, os conceitos de família e do que é apropriado idem, para algumas pessoas, outras nem isso sabem o que é. Preciso me importar com  meus problemas, apenas, o que já é de bom tamanho.  Vida que segue em frente. Boa noite e uma boa semana para todos.

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