Crescem as denúncias de violência contra as mulheres, no
mundo. Nos últimos dias foram muitos os casos de agressão seguida de morte
também em nosso Estado. Diante de tanto absurdo não podemos fechar os olhos,
tapar os ouvidos e calar diante da barbárie cometida todos os dias e achar que
isso é normal.
Precisamos voltar às ruas para mostrar nossa indignação
diante disso. Já não bastam as agressões sofridas nos lares; as mulheres também
são agredidas todos os dias na sua dignidade, em toda parte.
Segundo o editorial da revista Time, no Talibã, em nome do
conservadorismo, as mulheres são mutiladas no corpo e na alma, algumas “por
fugir da casa da família do marido".
“É inconcebível que,
no curso do terceiro milênio, ainda existam seres humanos submetidos a um
atraso cultural que remonta ao obscurantismo da Idade Média, com leis e
costumes cruéis e desumanos que superam o maquiavelismo do famigerado Santo
Ofício da Inquisição, onde mulheres e supostos hereges foram sacrificados em
nome de Deus”, diz o editorial da mesma revista.
No Brasil e em Alagoas mulheres são violentadas e mortas
quase todo o dia. A questão é de conservadorismo de uma sociedade atrasada, de
homens que não acompanharam a evolução dos tempos e ainda tratam suas mulheres
como se fossem propriedades suas, objetos de consumo.
Aqui elas são submetidas a todo tipo de violência e coação.
Nos lares- e não apenas em locais pobres- são vítimas de companheiros e maridos
ensandecidos movidos pelo sentimento de posse, pela brutalidade, pelo abuso de
drogas e do álcool e quando denunciam são mortas.
É preciso acabar com esse ranço coronelista e atrasado, mas
reconheço que isso também depende de outros fatores que não só o da Justiça e
da polícia. É preciso campanhas educativas nas escolas.
É necessário que nos planos de governo dos gestores se tenha
a preocupação com políticas públicas para essas mulheres que não têm ainda meios
de sobreviver sem a provisão desses agressores.
Mas as formas de violência desenvolvida contra as mulheres
não são só físicas e não se limitam apenas a companheiros e maridos: são formas
psíquicas e não se dão só nos lares. No trabalho às vezes são disfarçadas:
assédio moral, salários inferiores aos dos homens, assédio sexual, dentre
outros fatores agravantes.
Segundo site http://www.assediomoral.org, especializado no
tema, a humilhação no trabalho envolve os fenômenos vertical e horizontal. E
isso tem acontecido não só com os trabalhadores homens, mas com as mulheres também.
“O fenômeno vertical se caracteriza por relações
autoritárias, desumanas e aéticas, onde predomina os desmandos. Além disso, o
assédio moral no trabalho não é um fato isolado; ele se baseia na repetição ao
longo do tempo de práticas vexatórias e constrangedoras, explicitando a
degradação deliberada das condições de trabalho”, diz o site. Boa tarde e
fiquem com Deus!
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