O calor á é insuportável, logo cedo. As pessoas começam a
rumar para o trabalho, sozinhas, ou em grupo. Eu quase que não consigo sair da
cama e quando finalmente aquele relógio interior anuncia o ultimato, eu levanto
cambaleante, procurando um ponto de equilíbrio.
Às vezes não sei se praguejo ou se faço novas orações,
agradecendo a Deus por ainda me conceder a graça de poder fazer minha higiene
pessoal e tarefas diárias, sem precisar de outras pessoas.
É uma luta diária a de quem tem limitações e quando me levanto,
tombo daqui, tombo dali, até conseguir um pouco de equilíbrio e descer a escada
de casa para cuidar da vida. Nessas horas encontro uma força superior que me
impulsiona a seguir em frente e me digo todo o dia:
“Levante, vá cuidar da vida, o mundo te espera lá fora,
mesmo que para te dar uma lição. Não tenha medo, você vai conseguir, continue
lutando em busca de seus objetivos”. Não é clichê, não é chavão.
E nessas horas eu agradeço a Deus por cada pequena
conquista. O caminhar, ainda que cambaleante – minha capacidade de raciocínio,
de poder fazer minhas leituras e ter muitos amigos.
Fiz muitos amigos ao longo desses anos. Uns mais e outros
menos, mas a alegria de tê-los como aliados, pelo menos para me ouvir, já é uma
vitória.
Tenho sono, não matei direito a preguiça e o que me vem
agora à mente é como vou conseguir pagar tanta conta pendente e o outro mês já
vem chegando.
A esperança é que meu currículo resumido tenha chegado ao coração
de alguém e eu possa conseguir meu intento. Preciso de qualidade de vida e
conforto para prosseguir essa jornada. Bom dia!
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