Reciclar, renovar, refazer, reconstruir tudo de um ponto
abandonado, do nada. Reconstrução da vida, encontro do meu eu. Não sou nada na
vida se eu não tenho a presença da espiritualidade dentro de mim.
Busco ser melhor a cada dia, porque sou um ser errante, sou
cheia de defeitos. Se alguém me ama fraternamente, sabe de todos eles. Eu quero
a compreensão, a evolução. Fugir de tanto atropelo para não sair de cada um tão
machucada e interiormente destroçada.
Às vezes a gente cria expectativas, se engana por conta
disso e daí surgem as grandes decepções. Mas ‘muita água ainda vai rolar
debaixo dessa ponte’. Desde menina me achava um pouco estranha, diferente
das outras crianças.
Procurava me enturmar e fazer amizades tentando me
descobrir. Às vezes sou decepção e nessas horas eu fico triste quando descubro
meus pecados mais feios. Eu pensei que fosse realizar os meus mais doces
sonhos.
E a presença de mamãe nessas horas surge muito forte. Às
vezes sorrindo, me encorajando outras de repreensão ou de exclamação, como se
ela tivesse me dizendo: “Eu bem que te avisei minha filha”.
E nessa hora um choro incontido e agoniado jorra do mais profundo
do meu eu e procuro nos quatro cantos da casa ou de onde eu tiver, um apoio,
uma resposta, um suporte para me levantar e seguir em frente na vida.
É difícil a gente encontrar segurança, amparo, apoio e ele
vem, esse apoio, de onde a gente não espera. Está na minha frente: os quatro
felinos me rodeando e Malu e Otto no quintal, como se tivessem a me dizer: “Não
se desespera, estamos aqui, nós te amamos, incondicionalmente; não vamos te
abandonar, até que a morte nos separe.
E é neles que encontro essa coragem para não esmorecer de
vez diante do caos que às vezes se instala em minha vida. E busco e rebusco no
mais profundo de meu ser as forças para recomeçar do nada, de um ponto. A vida
segue em frente. Bom dia!
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