quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

PT pede adiamento de votação



Deputado Fernando Toledo bem que tentou, mas orçamento não foi votado


Olívia de Cássia – jornalista

Depois de muita peleja, discussões, interrupção da sessão por mais de uma hora, para entendimentos e leitura de emendas, os deputados alagoanos adiaram novamente a votação do Orçamento, quando tudo indicava que seria aprovado na tarde desta quinta-feira, 17.

Não adiantaram os apelos do Governo do Estado, que segundo se comenta nos bastidores da Assembleia, tem ligado constantemente para o presidente Fernando Toledo (PSDB) e feito reuniões com os parlamentares, no sentido de que aprovem o Orçamento, que já está atrasado desde dezembro do ano passado.

Se depender da oposição na Casa de Tavares Bastos, formada pelo Partido dos Trabalhadores, PMDB e parte do PDT, ainda vai demorar para que essa novela tenha um final feliz para o governo, que necessita dessa liberação para colocar em andamento as ações traçadas para esse ano.

Vale lembrar que muitos setores da sociedade dependem do Orçamento. A Lei Orçamentária Anual (LOA) deveria ter sido votado em dezembro passado, mas por conta dos pedidos de adiamento, negociações pressões ainda não foi liberada, para que o governo aprove ou vete.

A argumentação da oposição é a de que a Mesa Diretora não disponibilizou as emendas, para que os deputados tomassem conhecimento do seu conteúdo. O deputado Ronaldo Medeiros, novo líder do PT na Casa, disse que “há pontos obscuros” que ainda não foram esclarecidos.

O deputado Gilvan Barros (PSDB), indicado como relator especial do relatório do orçamento, apresentou requerimento pedindo dispensa de publicação do relatório da Peça Orçamentária. O deputado Judson Cabral (PT) foi contra a proposta de Barros, assim como os demais deputados da oposição.

Já o deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) pediu maior celeridade com relação à votação do Orçamento. Ele disse que a preocupação do deputado Judson era pertinente, mas avaliou que “à luz do Regimento (Interno da Casa), o entendimento é era o de agilizar a votação para hoje”.

Antonio Albuquerque disse que os deputados têm que se ajudar “para aprovar logo essa matéria, pois temos essa responsabilidade com a sociedade e com o governo do Estado".

Vice-presidente da Casa, Albuquerque solicitou em requerimento verbal a suspensão da sessão, para que os deputados analisassem e discutissem as emendas e no final a matéria fosse votada.

“Solicito que a sessão seja suspensa e os deputados possam se dirigir à sala das comissões, para ver se (o documento) está condizente com a lei e os deputados possam subscrever o Orçamento”.

O presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB) atendeu o requerimento verbal e suspendeu a sessão “por uma hora”, mas os deputados demoraram lá na sala por quase duas horas e nada ficou definido na volta.

A oposição se retirou do plenário e o presidente encerrou a sessão, convocando os deputados para comparecerem e votarem a matéria na próxima sessão de terça-feira. Ele se retirou do plenário não muito satisfeito com o resultado. Compareceram à sessão 22 deputados.

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