Olívia de Cássia Correia de Cerqueira
Quando setembro vier, oito anos terão se passado desde aquele fatídico dia em que, por telefone, recebi a informação de que você não voltaria mais para casa e que depois teríamos uma conversa definitiva sobre a nossa situação, coisa que nunca aconteceu...
Oito anos foram necessários para que, finalmente, eu entendesse que existe vida além de tudo isso. Para que eu, finalmente, entendesse que a minha liberdade, individualidade, a minha felicidade e a fé que tenho em Deus não estavam na dependência de outra pessoa e que são fundamentais em minha vida. Itens principais.
Faz muito tempo que não te vejo, muitos anos foram preciso para que, mesmo distante e sem te encontrar, embora a gente percorra quase que o mesmo percurso, eu tomasse conhecimento da tua verdadeira personalidade, que agora, aos meus olhos de mulher curada e madura, mostrou quem realmente você é: uma pessoa egoísta, mesquinha, individualista e interesseira.
Quando a gente está apaixonada por alguém a mente parece que fica embotada, relevamos e fingimos que não enxergamos um monte de defeitos, de falhas do ser amado e vamos levando aquela situação, vivendo nessa enganação, tentando nos ludibriar, fingindo que estamos diante de outra pessoa, aquela que realmente sonhamos para nossas vidas, até que acordamos um dia. Nunca é tarde.
Todo o mal que me desejou e que tentou me fazer não conseguiu me destruir. Pode até ter me abalado, mas no fundo me fez uma mulher mais forte e mais corajosa diante da vida. Não tenho raiva de nada nem de ninguém. Já perdoei todo o mal que me foi feito , já é passado, passou.
Oito anos já se passaram até que eu entendi que hoje eu sou uma pessoa feliz, independente e que vislumbra novos horizontes, um mundo de paz, harmonia e tranquilidade. Já não quero para mim a burrice dos apaixonados. Quero estar diante da vida consciente daquilo que vou encontrar pela frente.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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