Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)
Começaram na tarde desta terça-feira, 15, os trabalhos legislativos da 17ª legislatura na Casa de Tavares Bastos. Não houve ponto de pauta além da instalação dos trabalhos e o presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB), em entrevista à imprensa, disse que o Orçamento é o único ponto de pauta na sessão de hoje.
A oposição, que pediu o adiamento da vortação na semana passada alegando falta de conhecimento do conteúdo do projeto, ainda faz observações e talvez hoje o orçamento de 2011 ainda não seja votado.
A sessão de instalação aconteceu com a presença do governador Teotônio Vilela (PSDB), secretários de governo, representantes do Judiciário e várias outras autoridades e representantes de setores da sociedade civil organizada alagoana.
O governador e o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) passaram em revista a tropa da Polícia Militar, na entrada da ALE.
Em sua fala da tribuna do Poder Legislativo, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) disse que Alagoas vive um novo tempo, fez um longo discurso de quase duas horas falando das ações positivas do seu primeiro governo, da perspectiva da vinda do Estaleiro Eisa e dos avanços conseguidos em sua gestão.
Sobre o estaleiro, falou que é fundamental para a economia de Alagoas, mas que depende agora da questão do meio ambiente. Téo observou que em seu primeiro governo houve redução da evasão escolar e falou de projetos realizados com sucesso.
Não esqueceu de dizer que sempre contou com o apoio do ex-presidente Lula na liberação de recursos para as obras do Estado. Ele destacou que sempre que precisou, o ex-presidente o atendeu. Todos sabem dessa amizade recíproca entre o ex-presidente Lula e o governador alagoano.
Depois da longa fala do governador que a imprensa brincou que parecia mais Fidel Castro falando (Téo se reportou a filósofos alemães como Dostoiévski e Gothe para fazer citações), foi a vez do primeiro secretário Inácio Loiola (PSDB), ex-prefeito de Piranhas, fazer uma fala de quase meia hora citando versos bíblicos invocando o Eclesiastes e também o patrono da Casa, Tavares Bastos.
Vinte deputados compareceram ao plenário. Os deputados Nelito Gomes de Barros, Flávia Cavalcante, Maurício Tavares, Olavo Calheiros e Antônio Albuquerque não compareceram ao plenário. Dos onze novatos, apenas Olavo não compareceu.
A assessoria de Tavares informou à imprensa que ele foi indicado pelo senador Fernando Collor (PTB) como líder da bancada no Poder Legislativo.
Em seu discurso, o presidente Fernando Toledo observou que se depender dos deputados as demandas do Executivo não sofrerão nenhuma represália.
"Seremos parceiros", disse ele, observando que a legislatura que terminou se caracterizou por momentos dramáticos, mas enfatizou que o parlamento contribuiu com os demais Poderes constituintes.
Fernando Toledo destacou que durante a legislatura passada mais de 500 projetos "se submeteram ao colegiado e não houve nenhuma proposição que deixasse de contar com a colaboração da ALE".
Toledo falou da criação da Comissão de Ética na Casa, só esqueceu de dizer que essa comissão ainda não entrou em funcionamento.
Em aparte, à imprensa, sobre o duodécimo, que foi a grande peleja do fina da legislatura passada, quando os deputados queriam aumento, ele disse que será o mesmo.
Os deputados devem ter chegando a um consenso junto ao governo, depois de tanta pressão, desde novembro do ano passado.
Durante seu discurso, o presidente tranquilizou os servidores da Casa de Tavares Bastos, afirmando que o advogado-geral da Unão deu um parecer favorável sobre o PCC observando da sua constitucionalidade.
"Aprendi na política a exercer a paciência e a tolerância no confronto de pontos de vista diferentes", disse Toledo, conclamando a todos para engrandecerem o Poder Legislativo. Após a sessão de instalação dos trabalhos legislativos foi oferecido um coquetel aos convidados.
Na primeira sessão efetiva de trabalhos no dia de hoje espera-se que os deputados cumpram com suas obrigações, compareçam ao plenário do Poder para debaterem e finalmente aprovarem o Orçamento, pois o Estado está engessado, precisando desse aprove para que ponha em prática suas ações.
Tem muita gente, políticas públicas, saúde e educação precisando dessa atitude. Vamos aguardar.
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