quarta-feira, 31 de julho de 2013

O que fazer?

Olívia de Cássia - jornalista

Fazia tempo que eu não me sentia assim, para baixo, aperreada e incrédula, sem saber como vou passar o mês se as despesas não vão poder ser cobertas por conta da falta de aporte financeiro. Sou uma empresa falida, sem capital de giro, sem crédito na praça, mas com muita esperança.

 Não costumo mais usar os termos negativos de antes para classificar minhas incertezas, para não atrair energia ruim: mas confesso que me senti entristecida hoje e chorei. De repente, uma sensação de inabilidade diante das coisas práticas, de não saber como administrar o caos financeiro que é a minha vida se abateu sobre mim.

Tento me acercar de todas as minhas teorias positivas que aprendi com meus estudos e estímulos de autoajuda diante da nova postura que adotei para minha vida, mas nessas horas de quase descontrole emocional a gente se perde um pouco e fui me socorrer com quem sempre me alegra e está mais perto de mim: meus bebês de quatro patas.

São eles que dão razão à minha vontade de não fraquejar diante da vida; tenho responsabilidades com eles e são essas responsabilidades que me chamam a atenção para a vida. Preciso reagir para não deixá-los tristes.

Malu logo advinha que não estou bem e corre para me consolar, sofregamente, da mesma forma que o Oto. Eles me dão gostosas lambidas na cara para me dizer que eu não estou sozinha na vida, que ainda os tenho para preenchê-la e que vai aparecer uma maneira de eu melhorar de vida.

Os gatos também têm um sexto sentido e se colocam em alerta: Bruce Wayne mia e me chama, correndo atrás de mim o tempo todo; Janis Joplin quer me acompanhar até para o trabalho e fica na rua até eu voltar: só entra quando eu chego.  Aurora me olha com aquele olhar pidão dela, na maior calmaria.

Eles me dão o amor incondicional, sem pedir muito em troca, a não ser um pouco de atenção e carinho e nos devolvem isso com muito amor e agradecimento.

Tudo vai se resolver, com força de vontade, pensamento positivo e muita fé, se Deus quiser, digo a mim mesma e tomara que essa situação se abrande um pouco, porque não quero ficar pensando nisso, de jeito nenhum. Boa noite e fiquem com Deus.

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