Senador Renan Claheiros e o suplente Fábio Farias |
Olívia de Cássia –
Repórter
O senador Renan Calheiros (PMDB), disse ontem, 26, em um café
da manhã oferecido à imprensa alagoana, no salão Djavan do Hotel Hitz Lagoa da
Anta, no bairro da Cruz das Almas, que ouvindo as vozes das ruas o Senado está
vivendo um ano rico de sua história.
Segundo, o presidente da Casa, que aproveitou o recesso de
dez dias para visitar suas bases no Estado, o Senado está fazendo uma reforma administrativa,
cortando custos, acabando com redundâncias e com privilégios, com esses novos
tempos.
Renan destacou o trabalho do Senado, após diversas rodadas
de conversas com os representantes das manifestações no Brasil. “É preciso
interpretar as vozes das ruas”, disse ele.
“Aprovamos diversos projetos, proposições e discutimos
bastante a situação do país. Aprovamos a distribuição do Fundo de Participação
dos Estados (FPE); aprovamos a corrupção como crime hediondo; a ficha limpa
para os servidores públicos; aprovamos os royalties para ser investido em
educação e saúde; e o fim do voto secreto em julgamento de deputados e
senadores”, explicou o senador.
Calheiros observou que com as medidas adotadas depois das
manifestações acontecidas em todo o País, ao final de dois anos o Senado terá uma
economia de mais 300 milhões de reais.
“Nós implantamos um conselho de transparência e controle
social, contamos no conselho com a presença da sociedade civil, por meio do
Instituto Ethos, do Portal da transparência Brasil e da ABI (Associação
Brasileira de Imprensa) e com base na
Lei de Acesso a Informação foram dadas quase 30 mil respostas à
população. O Senado ouviu as vozes da
rua”, reforçou.
PMDB terá candidato
ao Governo do Estado
Respondendo às indagações da imprensa sobre as próximas
eleições, o senador disse que o PMDB precisa reavaliar sua postura de um
passado recente, quando foi derrotado nas últimas duas eleições para governo e a
Prefeitura de Maceió, respectivamente.
“O PMDB tem bons nomes para disputar o governo do Estado,
mas tudo tem seu tempo e a política também”, disse ele.
Diante da ventilação de seu nome para disputar o Governo do
Estado, Renan lembrou que a definição de candidaturas não deve ser precipitada,
e acrescentou: “Eu sinceramente tenho dúvidas sobre onde posso ser mais útil a
Alagoas, se na presidência do Senado ou no governo do Estado. Por isso, acho
que ainda é muito cedo para assumir isso. Na minha opinião, o tempo correto
para essa definição será março ou abril do ano que vem”, disse.
Renan Calheiros citou o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano
Barbosa, o deputado federal e ex-prefeito de Murici, Renan Filho e o
ex-vice-governador José Wanderley. “São alguns bons nomes que o partido dispõe
para a disputa eleitoral do próximo ano”, segundo o senador.
“O ex-prefeito Luciano Barbosa teve um índice de aceitação
de 80% durante os dois mandatos frente à Prefeitura de Arapiraca. Renan Filho
também foi um excelente gestor à frente do município de Murici e o
ex-vice-governador José Wanderley até seria indicado para assumir a pasta do
Ministério da Saúde, isso só demonstra que temos bons nomes para disputar o
Palácio do Governo”, observou.
ALIANÇAS
sobre uma possível aliança entre PT e PMDB no Estado, a
exemplo do que acontece em âmbito nacional, o senador Renan Calheiro disse que
os dois partidos podem ter projetos conflitantes no primeiro turno.
“Essa aliança pode ocorrer no segundo turno, de acordo com
os desdobramentos, mas no primeiro turno os projetos podem conflitar”, explica,
reforçando a boa relação que tem com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB),
o senador Fernando Collor (PTB), o senador Benedito de Lira (PP), o
ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), o
ex-prefeito Cícero Almeida e a prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PTB).
“Prometi quando assumi a presidência do Congresso Nacional
que as eleições não iam ser antecipadas, que iria trabalhar pelos projetos com
os quais me comprometi”, reforçou Renan Calheiros.
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