Olívia de Cássia - jornalista
Tenho pensado muito nos últimos tempos que a gente pode
melhorar o nosso desempenho na vida quando acredita que tudo pode ser diferente
e mais positivo quando estamos de bem conosco e com a vida.
Essa constatação se deu desde o momento em que eu resolvi
adotar em minha vida outro comportamento, outra conduta, procurando melhorar a
minha autoestima. Percebi que apesar das dificuldades que surgem na minha
rotina atrapalhada, eu tenho conseguido superá-las com mais firmeza, com
discernimento.
Mas chegar até esse estágio não é fácil. Cansei de ter pena
de mim, cansei de me ver como alguém que quase não dava certo e que tudo era
muito atrapalhado e visto de forma
dificultosa.
Não quero mais me sentir como se eu fosse um estorvo e isso
eu já sei. São passos que às vezes podem parecer difíceis de dar, mas que a
gente vai conseguindo quando se percebe de outra forma, sem autopiedade e sem comiseração.
Essa fala pode até parecer uma mensagem de autoajuda; que
seja, mas tenho me tornado um ser humano melhor, sou hoje mais positiva, sem
medos bobos e sem a renúncia de meus melhores sentimentos.
Todos nós queremos ter uma vida feliz e sabemos que se adotamos
uma atitude positiva o retorno será melhor do que teríamos com uma atitude ao
contrário.
Às vezes, por diversas situações na nossa vida, seja por conta de um
amor perdido, de uma dispensa no emprego ou da perda de um ente querido, somos
afetados de alguma forma, impiedosamente.
Nessas horas, se não mantivermos um pouco de dignidade e
afeição por nós mesmos, se não tivermos
afeto nossa qualidade de vida vai abaixo e podemos nos tornar pessoas amargas,
até agressivas, às vezes atropelando todo mundo.
Percebi, ao longo dessa minha trajetória que esse
comportamento adverso não nos leva a lugares muito salutares e muito menos
perfeitos. Com isso nos tornamos pessoas sem muita graça e indesejáveis até,
por conta do nosso pessimismo e da forma negativa com que vemos o mundo.
Depois de muitas idas e vindas eu resolvi me amar e deixar
de ter pena de mim, deixar de ficar lamentando a perda de um amor que já não me
acrescentava nada e que só queria me tirar o que eu tinha de melhor, deixar que
a minha coragem superasse meus medos.
Mas a gente só percebe isso muitas vezes quando apanha muito da vida e chega quase ao fundo do
poço para poder se reerguer feito uma fênix, o pássaro da mitologia grega que
ressurgiu das cinzas.
Tenho pensado muito em algumas situações que vivi e cada vez
eu me convenço de que saí fortalecida disso tudo. Em muitas ocasiões, a vida exige que a gente
jogue a toalha e peça arrego; em outras a vida pede que você arregace as mangas
e vá à luta, que busque conquistar seus sonhos e que não se deixe dominar. Fica
a reflexão para esta noite.
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