Presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro [PMDB] durante 20 anos, o ex-deputado federal; ex-prefeito de Maceió, jornalista e advogado Djalma Marinho Muniz Falcão disse que acredita na força criadora da juventude e que torce pelo bom desempenho do governador Renan Filho [PMDB] e do prefeito Rui Palmeira [PSDB].
Djalma Falcão concedeu entrevista ao portal Primeiro Momento em seu
apartamento; comentou que os partidos políticos são organismos vivos e
necessitam do oxigênio da juventude, para fortalecer as células. Ele
argumenta que os jovens têm esse idealismo que a vida política
necessita. Foto Paulo Tourinho
“Torço para que eles entendam os novos ventos da política e possam
realizar uma boa administração no Estado e na Prefeitura de Maceió e
atendam os anseios populares; se fizerem isso, receberão o meu aplauso”,
destaca.
Sincero defensor da renovação dos quadros políticos dos partidos e crítico do governo federal, ele diz que a pior coisa da sociedade é a desonestidade intelectual. “O pior desonesto é aquele que é intelectual”, avalia. Djalma Falcão concedeu entrevista ao portal Primeiro Momento em seu apartamento; comentou que os partidos políticos são organismos vivos e necessitam do oxigênio da juventude, para fortalecer as células. Ele argumenta que os jovens têm esse idealismo que a vida política necessita. “A política necessita do oxigênio da juventude, que tem reservas e idealismo; sempre defendi a vanguarda e acredito que a juventude atual luta realmente em favor de modificações profundas da estrutura política, econômica e social do Brasil: avalio que a juventude quer a unidade universal; é idealista, lutadora, mas é dispersiva”, pontua. Democrata por convicção, o ex-prefeito de Maceió lembra que na época da ditadura ele abrigou em sua casa várias lideranças da política alagoana, que fugiam da polícia. “E eu dizia: o que der para vocês dá para mim, mas graças a Deus nunca ocorreu [prisões]”, explica. Magoado com algumas personalidades do meio político do Estado que ele diz serem incompatíveis com a política decente, Djalma Falcão destaca que não pode transferir as mágoas passadas dos desafetos para os filhos que estão atualmente na política. “Isso contraria a minha formação jurídica. O Direito Penal diz que a pena não pode ser transferida do condenado para outro”, analisa. O ex-prefeito também falou da questão dos refugiados e disse que é preciso um olhar especial para esse povo. “O papa Francisco, que eu considero a maior personalidade da atualidade, disse que as pessoas usam a ideologia para esconder valores. Você vai encontrar boas pessoas tanto no sistema capitalista quanto no socialista. A globalização, com a necessidade de sobrevivência das sociedades, quebrou todas as barreiras ideológicas”, analisa. Advogado culpa a licenciosidade pela crise no governo
O advogado Djalma Falcão destaca que é por
consta da licenciosidade que o Brasil está vivendo essa crise no
governo. “Muito grave, inquietante: era do Mensalão, Petrolão e a
Operação Lava Jato, mas graças a Deus temos um magistrado jovem [juiz
Sergio Moro], que está passando o Brasil a limpo e já condenou e prendeu
várias autoridades”.
Segundo ele, nunca se imaginava que pessoas mais
ricas do Brasil como grandes empreiteiros; ex-ministros; senadores;
ex-governadores, fossem para a cadeia. Um fato que é estarrecedor,
segundo o ex-prefeito de Maceió, é que Alagoas não atinou ainda para um
fato totalmente desabonador.
“Toda uma representação político-parlamentar do
Estado está 100% comprometida com a Operação Lava Jato. Ou já
denunciados formalmente, ou sob investigação; isso é uma vergonha para
Alagoas. Esse é um fato que deve ser notado e que enodoa o nome de
Alagoas e dos alagoanos”, reclama.
Segundo ele, o País está vivendo uma crise sem
precedentes: “O dólar alcançou a barreira dos R$ 4; a inflação está aí
corroendo tudo; o custo de vida sem qualquer responsabilidade, doméstica
e familiar. Hoje se compra uma mercadoria por um valor e na semana
seguinte já se compra por outro preço; é a corrosão do dinheiro, diante
das necessidades de abastecimento”, explica.
Para Djalma Falcão, a presidente Dilma Roussef
está com 7% de aprovação, índice baixíssimo, os governos estaduais,
Congresso Nacional e Assembleia Legislativa estão totalmente carentes de
representatividade.
“Ter voto não significa ter representatividade.
Se fizer hoje uma enquete nacional séria e perguntar a opinião dos
brasileiros se querem o Congresso fechado, infelizmente a maioria vai
concordar que presidente, deputado e senador, todos saiam, porque eles
não estão respondendo às expectativas de quem os elegeu”, descreve.
O ajuste fiscal proposto pelo governo ele diz
que é uma armadilha em cima dos melhores interesses da sociedade. “Eles
mexeram com a aposentadoria, com os servidores públicos, INSS, querem
reduzir as pensões dos trabalhadores e meter a mão no FGTS, que pertence
aos trabalhadores; querem voltar a CPMF, com o que de alguma maneira
interessa à sociedade, o pobre”, explica.
O verdadeiro ajuste fiscal, necessário, na
avaliação do ex-prefeito, deveria ser: todos vão contribuir, mas de
maneira proporcional e seletiva. “Vamos poupar o povo brasileiro que tem
pequenos salários, que já se matam para sobreviver, e vamos arranjar
dinheiro de quem ganha muito”, diz ele.
Djalma avalia que quem vai lucrar com as medidas
impostas pelo governo são os bancos, os banqueiros, e que esse é um
ajuste fiscal para sufocar o povo e permitir a impunidade com que age o
setor financeiro do país.
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