segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ex-prefeito de Maceió, Djalma Falcão diz que acredita na força criadora da juventude

Olívia de Cássia - Repórter \ Primeiro Momento

Presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro [PMDB] durante 20 anos, o ex-deputado federal; ex-prefeito de Maceió, jornalista e advogado Djalma Marinho Muniz Falcão disse que acredita na força criadora da juventude e que torce pelo bom desempenho do governador Renan Filho [PMDB] e do prefeito Rui Palmeira [PSDB].

Djalma Falcão concedeu entrevista ao portal Primeiro Momento em seu apartamento; comentou que os partidos políticos são organismos vivos e necessitam do oxigênio da juventude, para fortalecer as células. Ele argumenta que os jovens têm esse idealismo que a vida política necessita. Foto Paulo Tourinho

 “Torço para que eles entendam os novos ventos da política e possam realizar uma boa administração no Estado e na Prefeitura de Maceió e atendam os anseios populares; se fizerem isso, receberão o meu aplauso”, destaca.
Sincero defensor da renovação dos quadros políticos dos partidos e crítico do governo federal, ele diz que a pior coisa da sociedade é a desonestidade intelectual. “O pior desonesto é aquele que é intelectual”, avalia.
Djalma Falcão concedeu entrevista ao portal Primeiro Momento em seu apartamento;  comentou que os partidos políticos são organismos vivos e necessitam do oxigênio da juventude, para fortalecer as células. Ele argumenta que os jovens têm esse idealismo que a vida política necessita.
“A política necessita do oxigênio da juventude, que tem reservas e idealismo; sempre defendi a vanguarda e acredito que a juventude atual luta realmente em favor de modificações profundas da estrutura política, econômica e social do Brasil: avalio que a juventude quer a unidade universal; é idealista, lutadora, mas é dispersiva”, pontua.
Democrata por convicção, o ex-prefeito de Maceió lembra que na época da ditadura ele abrigou em sua casa várias lideranças da política alagoana, que fugiam da polícia. “E eu dizia: o que der para vocês dá para mim, mas graças a Deus nunca ocorreu [prisões]”, explica.
 Magoado com algumas personalidades do meio político do Estado que ele diz serem incompatíveis com a política decente, Djalma Falcão destaca que não pode transferir as mágoas passadas dos desafetos para os filhos que estão atualmente na política.
“Isso contraria a minha formação jurídica. O Direito Penal diz que a pena não pode ser transferida do condenado para outro”, analisa. O ex-prefeito também falou da questão dos refugiados e disse que é preciso um olhar especial para esse povo.
“O papa Francisco, que eu considero a maior personalidade da atualidade, disse que as pessoas usam a ideologia para esconder valores. Você vai encontrar boas pessoas tanto no sistema capitalista quanto no socialista. A globalização, com a necessidade de sobrevivência das sociedades, quebrou todas as barreiras ideológicas”, analisa.

 Advogado culpa a licenciosidade pela crise no governo

 O advogado Djalma Falcão destaca que é por consta da licenciosidade que o Brasil está  vivendo essa crise no governo. “Muito grave, inquietante: era do Mensalão, Petrolão e a Operação Lava Jato, mas graças a Deus temos um magistrado jovem [juiz Sergio Moro], que está passando o Brasil a limpo e já condenou e prendeu várias autoridades”.
Para Djalma Falcão, a presidente Dilma Roussef está com 7% de aprovação, índice baixíssimo, os governos estaduais, Congresso Nacional e Assembleia Legislativa estão totalmente carentes de representatividade. Foto: Paulo Tourinho
Segundo ele, nunca se imaginava que pessoas mais ricas do Brasil como grandes empreiteiros; ex-ministros; senadores; ex-governadores, fossem para a cadeia. Um fato que é estarrecedor, segundo o ex-prefeito de Maceió, é que Alagoas não atinou ainda para um fato totalmente desabonador.

“Toda uma representação político-parlamentar do Estado está 100% comprometida com a Operação Lava Jato. Ou já denunciados formalmente, ou sob investigação; isso é uma vergonha para Alagoas. Esse é um fato que deve ser notado e que enodoa o nome de Alagoas e dos alagoanos”, reclama.

Segundo ele, o País está vivendo uma crise sem precedentes: “O dólar alcançou a barreira dos R$ 4; a inflação está aí corroendo tudo; o custo de vida sem qualquer responsabilidade, doméstica e familiar. Hoje se compra uma mercadoria por um valor e na semana seguinte já se compra por outro preço; é a corrosão do dinheiro, diante das necessidades de abastecimento”, explica.

Para Djalma Falcão, a presidente Dilma Roussef está com 7% de aprovação, índice baixíssimo, os governos estaduais, Congresso Nacional e Assembleia Legislativa estão totalmente carentes de representatividade.

“Ter voto não significa ter representatividade. Se fizer hoje uma enquete nacional séria e perguntar a opinião dos brasileiros se querem o Congresso fechado, infelizmente a maioria vai concordar que presidente, deputado e senador, todos saiam, porque eles não estão respondendo às expectativas de quem os elegeu”, descreve.

O ajuste fiscal proposto pelo governo ele diz que é uma armadilha em cima dos melhores interesses da sociedade. “Eles mexeram com a aposentadoria, com os servidores públicos, INSS, querem reduzir as pensões dos trabalhadores e meter a mão no FGTS, que pertence aos trabalhadores; querem voltar a CPMF, com o que de alguma maneira interessa à sociedade, o pobre”, explica.

O verdadeiro ajuste fiscal, necessário, na avaliação do ex-prefeito, deveria ser: todos vão contribuir, mas de maneira proporcional e seletiva. “Vamos poupar o povo brasileiro que tem pequenos salários, que já se matam para sobreviver, e vamos arranjar dinheiro de quem ganha muito”, diz ele.

Djalma avalia que quem vai lucrar com as medidas impostas pelo governo são os bancos, os banqueiros, e que esse é um ajuste fiscal para sufocar o povo e permitir a impunidade com que age o setor financeiro do país.

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