Evento foi realizado no Radisson Hotel Maceió, na Pajuçara, neste sábado, 12, com auditório lotado
Olívia de Cássia - Repórter
O Partido Democrático Trabalhista de Alagoas [PDT-AL] realizou neste sábado, 12, a sua convenção estadual, com auditório lotado e presença de filiados e partidos convidados. Segundo o presidente do partido e ex-governador; atual deputado federal Ronaldo Lessa, o evento foi para renovar os diretórios do partido.
“O PDT faz isso nos anos ímpares; aqui no Brasil, nos anos pares tem eleição. E por isso nós fazemos as eleições para renovar os diretórios estaduais, municipais e o nacional. O nacional já foi renovado, os municipais também e agora esse mês acaba o prazo para renovação dos estaduais. O diretório foi reconduzido por mais dois anos”, disse Ronaldo Lessa.
Indagado se os membros do atual diretório irão ser candidatos nas próximas eleições, o deputado federal disse que não. “Eu prefiro colocar dirigentes que não serão candidatos, para cuidarem do partido: talvez um, mas em tese, eu e outros membros não seremos candidatos na próxima eleição”, argumentou.
Ronaldo Lessa fez uma homenagem aos prefeitos do partido; às mulheres e destacou que em seu governo deu espaço à ala feminina; em seguida abriu o microfone para perguntas de vereadores e filiados.
A convenção aconteceu no horário da manhã e se estendeu até 14h e antes de os filiados referendarem a executiva do partido e o diretório estadual, no evento foram lidos os principais pontos da reforma política que tramita no Congresso Nacional para as próximas eleições e as novas regras eleitorais.
Segundo a assessoria, os pontos foram elaborados com base nos principais itens discutidos e analisados na votação do substitutivo do Senado e na Câmara dos Deputados. “Nós precisamos estar preparados para essas regras e é importante entender que existem duas reformas na Câmara”, disse o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), que fez a leitura do texto.
No evento deste sábado, entre os itens que foram lidos, o deputado do PDT do Maranhão destacou o financiamento de campanha com recursos públicos e privados. Alguns pontos já superados no Congresso Nacional, como o que trata de financiamento de campanha, ainda terão os detalhes definidos por leis complementares.
Segundo ele, serão permitidas doações de pessoas físicas e jurídicas, sendo que as contribuições de pessoas jurídicas deverão ser realizadas diretamente para o partido e não mais para o candidato.
Ao todo foram colocados seis pontos com seus respectivos subitens. Algumas regras aprovadas na Câmara, no Senado, voltaram para a Câmara e já estão para ser sancionadas pela presidente Dilma, segundo Weverton Rocha.
No evento do PDT também foi destacado pelo deputado do Maranhão a mudança na distribuição do tempo reservado à propaganda eleitoral. Pelo texto, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes da Câmara dos Deputados; filiação partidária, domicílio eleitoral, entre outros temas.
PEC
Segundo a Agência Brasil, apesar de terem votado os pontos mais polêmicos da reforma política, os deputados ainda precisam apreciar propostas sobre dez temas que não foram concluídos no primeiro turno de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC).
“Essa PEC ainda está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e não vai interferir em nada na eleição do ano que vem”, pontuou Weverton Rocha.
Um dos assuntos que deve tomar mais tempo na discussão nacional é o que trata das cotas para mulheres no Parlamento, definindo um número mínimo de vagas. A proposta é reservar 20% para as candidatas que atinjam, pelo menos, 10% do quociente eleitoral.
Além desses pontos, o plenário também terá que se debruçar sobre propostas em relação ao prazo limite para aplicação de atos normativos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mudanças nas regras de projetos de iniciativa popular e do voto impresso até a proposta de perda de mandato de parlamentares que assumirem cargos do Executivo durante o período do mandato no Legislativo.
Segundo o texto lido pelo deputado do Maranhão, também existem as propostas para restringir a troca de partidos pelos candidatos. Uma das propostas que serão lidas em plenário prevê a possibilidade de o candidato mudar de legenda um pouco antes do pleito.
“As mudanças são mais de ordem burocrática; na campanha vai ser mantido o carro de som e a contratação de cabos eleitorais, mas o candidato que contratar, por exemplo, 100 pessoas para trabalhar, vai haver a contribuição, vão ter que recolher INSS, além do pagamento direto”, explica Weverton Rocha.
Para compor a mesa foram convidados políticos de vários partidos como o ex-deputado Judson Cabral (PT); o ex-vereador Marcelo Malta (PCdoB); Marcos Toledo (PTdoB). A convenção também contou com secretários de governo; a vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano (PDT), acompanhada do marido e deputado federal Damião Feliciano (PDT), entre outras personalidades locais e de vários municípios alagoanos.
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